Existem mais de 630 espécies de primatas e, destas, mais de 300 estão ameaçadas de extinção. Mas, entre estas, a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN) escolheu as 25 mesmo à beira do desaparecimento: cinco vivem em Madagáscar, seis em África, 11 na Ásia e três na América Central e do Sul.
Na lista encontra-se o langur-de-cabeça-dourada, que apenas vive na ilha de Cat Ba (Vietname) e que se resume a uns 60 a 70 indivíduos. Também o lémure-desportivo-do-norte, de Madagáscar, se limita hoje a menos de 100 exemplares. A este mesmo número se resume ainda o sifaca-sedoso, igualmente de Madagáscar. Com poucos mais elementos (à volta de 110) conta o gibão-de-crista-negra, no Vietname. Também um dos nossos primos mais próximos - o orangotango de Samatra, que deverá ter cerca de 7000 indivíduos - faz parte deste relatório, intitulado Primatas em Perigo: Os 25 Primatas mais Ameaçados do Mundo, 2008-2010. Em África, o galago-anão-do-rondo, da Tanzânia, com umas orelhas e olhos imensas, é outra das espécies em sério risco. O macaco-diana-de-roloway (Costa do Marfim e Gana), o gorila-do-rio-cruz (Camarões e Nigéria) ou o cólobo-vermelho-do-rio-tana (Quénia) foram outros escolhidos. O tamarim-cabeça-de-algodão (na foto), existente só na Colômbia, também não está em boas condições. Os seus tufos de pêlo branco dão-lhe uma aparência que o torna muito procurado como animal de estimação, conduzindo ao seu declínio rápido. A destruição das florestas e a caça e comércio ilegais estão entre as principais ameaças aos primatas.
"O objectivo do top 25 é salientar os que estão mais em risco, para atrair a atenção do público, estimular os governos a fazer mais e encontrar recursos para aplicar medidas de conservação", disse Russell Mittermeier, da IUCN, citado pelo jornal britânico The Independent.
fonte: Público.pt
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