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segunda-feira, agosto 31, 2009

a líder da oposição disse...

Segunda-feira, 31 de Agosto de 2009
Campanha do PSD não terá comícios

“Aos casamentos e baptizados não se vai sem ser convidado, mas a todas as outras iniciativas, tais como funerais, missas do sétimo dia e campanhas eleitorais vai quem quer.” - Manuela Ferreira Leite

Funerais, missas do sétimo dia? Campanhas eleitorais?

Ou isto foi a metáfora mais esfarrapada de sempre ou MF Leite acha que já é um defunto eleitor.
As minhas sinceras condolências!

vamos a elas, às eleições claro....


NOTA DA REDACÇÃO - Já falta menos de um mês para as eleições que irão, em Portugal, eleger o próximo governo e a assembleia da República Portuguesa. Aquecem os motores, começam as diatribes, os piropos, as ofensas, as "cabalas" (e destas nem a Madonna sabe!), enfim, como dizia o CR7 (vulgo, Cristiano Ronaldo) "soltem os fogos". Não será por isso que, infelizmente, meio País arde e arde a sua floresta, mas isso são contas de outro rosário.
Ora hoje, o PSD (na oposição e espero que por mais 4 anitos) decidiu acusar o actual Governo de fazer campanha com dinheiros públicos, isto a propósito de um folheto "explicativo" do TGV. Pronto, parece que já se provou que não foi o Governo mas uma firma , a RAV, que custeou. E agora, pergunto eu: E A DESCARADA MANUTENÇÃO DO JORNAL DA MADEIRA, PERDÃO, DO JORNAL DA MA(ma)DEIRA PELO GOVERNO REGIONAL, ONDE DA 1ª À ÚLTIMA PÁGINA É SÓ PROPAGANDA JARDINISTA, PAGO PELOS CONTRIBUINTES MADEIRENSES E QUIÇÁ OS DO "CONTENENTE" , NÃO ENTRA NO ROL DE QUEIXAS À COMISSÃO NACIONAL DE ELEIÇÕES? Tenham vergonha senhores, e apliquem a tabela de crítica e de moralidade (de verdade, como apregoam) na descontinuidade do território português... A bem da Nação, tenho dito.

"As minhas acções são a minha única pertença. Não posso fugir às consequências das minhas acções. As minhas acções são o chão que piso."
Budha

humor negro - 1936

tempo de praia - a tanga havaiana...

"Caim" - o novo livro de José Saramago

para pensar


“As ofensas que cometemos e as que recebemos não são medidas na mesma balança” - Esopo
“Quem não vive de acordo com suas crenças não acredita nelas” - Thomas Fuller
“Em última análise devemos ser julgados pelo que fazemos e não pelo que cremos. Nós somos o que fazemos” - Geoffrey L. Rudd
“Viva a verdade em lugar de professá-la” - Elbert Hubbart
“É mais fácil lutar pelos seus princípios do que vivê-los” - Alfred Adler
“Um homem geralmente tem duas razões para fazer algo. Uma que parece boa, e a verdadeira” - Pierpoint Morgan
“Nenhum homem é grande o suficiente ou sábio o suficiente para que lhe entreguemos nosso destino. A única forma pela qual alguém pode nos guiar é restaurando nossa crença em sermos nossos próprios guias” - Henry Miller – (1891-1980) – The Wisdom of the Heart, 1941
“Os abusos de compra e venda de votos se instauraram e o dinheiro começou a ter grande importância nas eleições. Mais tarde, este processo de corrupção espalhou-se para os tribunais. E depois para o Exército, e finalmente a República ficou sujeita ao governo dos imperadores” - Plutarco, Historiador da República Romana
“Uma nação de ovelhas gera um governo de lobos” - Edward R. Murrow

saldos, saldos, saldos

pechinchas...

domingo, agosto 30, 2009

o leão do Paulo Bento....


e do Sporting, também...

Carnival of Cultures 2009 Berlin - Lumix GH1 from Matzeb on Vimeo.



A parada alimenta-se de deuses e mitos. A multidão sabe disso e não relaxa. A voz ritmada de Camille dá o balanço certo para envolver toda a gente. As notas são suaves e o ritmo leve. Apenas queima gorduras periféricas. Mas ao fim de algum tempo, o estranho compasso acaba por se alojar no sistema nervoso central. O pé não pára de mexer, e com ele, tudo o mais. Mas nada muito radical. Um estranho swing Camilliano manifesta-se com a mesma liberdade com que Marguerite Duras desbravava o "nouveau roman", inspirada no clítoris. Quem gostava destas coisas era o branco Gene Krupa. As suas baquetas faziam as delícias no oriente. Chamavam-no, o homem dos pauzinhos. Duras gostava do ouvir tocar "Sing, sing, sing (With a Swing)", em parceria com Benny Goodman. Muitas vezes acabavam num cabaret de Paris. Mas os novos costumes apontam para outras paradas, mais libertárias. Camille está viciada nisso. Integra agora as Electric Ladies. Em breve vai revelar ao mundo os novos compassos para desfiles exclusivamente dirigidos a vegetarianos. Uma repetição periódica de batimentos de cenouras e meloas, acompanhado pelo suave chocalho das ervilhas. Tudo junto num frasco que em tempos esteve cheio de Nescafé. Camille chama-lhe Experiences. Eu já não digo nada. Estas urbanidades só me fazem sede.

PS. Carregue no play e vá lendo o texto. Sempre vai ouvindo música...

"O veto e o voto de Cavaco"

O veto do PR à lei das uniões de facto é o voto pio de quem foi presidente da comissão de honra para a canonização de Nuno Álvares Pereira, de quem acredita que um herói se transforma em colírio para curar o olho esquerdo de D. Guilhermina de Jesus, queimado com óleo de fritar peixe, por intercessão de um guerreiro medieval.

Há argumentos contra a lei das uniões de facto – e referiu-os –, mas não é aceitável a desculpa da oportunidade – e usou-a –, como se coubesse ao PR alterar o período em que se pode legislar.

Se Guterres, com outra dimensão cívica, não foi capaz de resistir aos amigos do peito e da hóstia, na questão do aborto, por que motivo seria capaz este PR, ressentido com a dispensa do pio Conselheiro João Lobo Antunes de uma escusada comissão Ética, de desistir do veto a uma lei que os padres condenam e a Esquerda defende?

A lei vetada, aprovada em Julho com votos contra do PSD, CDS e de três ornamentos pios com que a bancada do PS se matiza, reforçava a protecção jurídica em caso de morte de uma pessoa em situação de união de facto e criava maior protecção do domicílio da família, além do direito à pensão de sobrevivência. Isto é uma abominação para um crente calejado em jejuns e orações.

Aparentemente, Cavaco transformou o PSD e o CDS em instrumentos de uma qualquer ambição política que não augura nada de bom para o País. No PSD tem uma pessoa de confiança sem ideias e, no CDS, um líder com ideias a mais e sem escrúpulos.

O silêncio perante a torpe insinuação do PSD sobre alegadas escutas aos seus assessores contribuiu para o clima de intriga e desconfiança que mina as instituições democráticas, em nítido benefício do partido de que foi líder.

Ao recusar esclarecer o mecanismo e as circunstâncias da compra e venda das acções do BPN, de que beneficiou ele próprio e a filha, Cavaco destruiu a alegada superioridade moral do cavaquismo.

Restava-lhe a isenção e o sentido de Estado. Prefere cuidar da alma e das indulgências. Interpretou bem o desejo dos bispos. É uma opção mas, se continuar a ser oposição à maioria dos eleitores, em sintonia com a direita mais obsoleta, abdica do respeito a que tem direito e da consideração inerente ao exercício do cargo.


In:Ponte Europa / SORUMBÁTICO

Porto Moniz (vai um mergulho?)

só falta sentir o cheiro a mar e a brisa salgada...(hoje, piscinas quase naturais, Porto Moniz)

saliva de carraça pode ajudar na cura do cancro

A carraça, um conhecido parasita hematófago transmissor de doenças infecciosas, pode ajudar a curar cancros da pele, fígado e pâncreas através de uma proteína da sua saliva, segundo afirmam investigadores brasileiros.
Ao estudarem um exemplar sul-americano desse aracnídeo que se alimenta do sangue de vertebrados (Amblyomma cajennense), os investigadores descobriram que essa proteína destrói as células cancerosas mas é inofensiva para as células sãs.
"É uma descoberta importante", disse à AFP a responsável pelo estudo, Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, investigadora de biologia molecular no Instituto Butantan de São Paulo.
A cientista descobriu a proteína (Factor X activo) por acaso, ao testar as propriedades anticoagulantes da saliva da carraça que lhe permitem manter fluido o sangue dos animais e seres humanos de que se alimenta.
A proteína tem características comuns às de um anticoagulante já conhecido, o TFPI, ou inibidor de tipo Kunitz, que actua também sobre o crescimento das células.
Os resultados dos testes entretanto realizados em ratinhos para verificar se a proteína produzia efeitos sobre as células cancerosas excederam todas as expectativas dos investigadores. "Para nossa grande surpresa, não matou as células sãs, que também foram testadas", afirma a investigadora. "Mas matou as células cancerosas que foram analisadas", realça.
"Se um pequeno tumor de um animal for tratado diariamente durante duas semanas, não só não se desenvolve como diminui. Se for tratado durante 42 dias, desaparece completamente", explica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi.
Para produzir um medicamento serão precisos ainda anos de testes clínicos e grandes investimentos, duas coisas que o Brasil não pode garantir actualmente. "Fazer uma descoberta é uma coisa. Transformá-la em medicamento é outra coisa completamente diferente", sublinha a cientista, que já apresentou um pedido de patente para a proteína da carraça e percorre o mundo a falar da descoberta, que resultou de um trabalho de seis anos.
Esta investigação, ainda não publicada, foi um dos destaques no 22.º Congresso Internacional da Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), em Julho.(in- Expresso)

ditados populares R - V


Rompe-se o saco à força de querer enchê-lo.
S. Bráz da mata que se engana a gata.
Sarampo sarampelo sete vezes vem ao pêlo.
Se o gato não come o bife, ou o gato não é gato, ou o bife não é bife.
Se o trabalho dá saúde, que trabalhem os doentes.
Se queres conhecer o vilão, põe-lhe uma vara na mão.
Se queres um grilo, vai pari-lo.
Se queres ver o teu corpo, mata o porco.
Um dia não são dias.
Uma mão lava a outra e as duas lavam a cara.
Uns comem os figos, a outros rebenta a boca.
Uzeiro e vezeiro.
Vozes de burro não chegam ao céu

uma história das...arábias

doodie

sábado, agosto 29, 2009

faleceu o engº Rui Vieira

Conheci-o em 1972, habitual frequentador do Golden Gate, e era quase diário o contacto entre as mesas que o engº. Rui Vieira, o Dr. Dória, o Dr. Alcino Drumond, o Dr. José Ramos, o Dr. Santos Lã e o Dr. Henriques de Gouveia e o sr. António Crispim de Gouveia e a esposa, a D. Lígia felizmente ainda viva, casal a quem eu acompanhava.
E explico. Cheguei de Lisboa em 1971 para vir abrir "A Rota do Atlântico", após viver uns tempos na Matur, passei a viver num apartamento na R. Mãe dos Homens, à Rochinha, anexo à vivenda do casal Gouveia que, desde o início, me trataram como filha. Assim, partilhei de todos os seus conhecimentos e Amigos, das estreias de cinema, semanais, no Teatro Municipal, da sua casa e de todos os eventos de festas, enfim, tive muita mas muita sorte pelo leque de individualidades que tão bem me acolheram e aceitaram. E o sr. Engº Rui Vieira era um deles.
Mais tarde, já casada, vim a saber que era compadre de meu sogro. Como é pequeno este mundo. E o mundo de Rui Vieira era povoado pelas espécies endémicas da Madeira, sobretudo a flora, bem que as explicou e defendeu, enquanto pode.
De pequena altura, foi um grande homem. Repousará de certo num Paraíso rodeado de espécies, das mais bonitas que o Criador, em quem sempre acreditou, lhe mostrará particularmente. A Madeira ficou mais pobre.

de ti


De ti nada mais sei do que as palavras
que o teu silêncio terno me constrói
quando esbatida a labareda cresce.


António Salvado
in, Amada Vida

Que vou fazer para o almoço? Quiche....










Ingredientes:
1 base refrigerada de compra (massa folhada)
1 embalagem pequena "delícias do mar"
1 lata de cogumelos laminados
1 pacote de natas 4dcl
2 ovos inteiros
1 colher sopa farinha
sal e pimenta a gosto
espinafre, cebolinho, azeitonas, pimento, etc..
Modo de fazer:
Ponha a massa desenrolada na forma com o papel (pois assim evita untar a forma).Pique a massa com um garfo. Corte as delícias do mar e disponha-as no fundo. Disponha os cogumelos, as azeitonas sem caroço, espinafre congelado, cebolinho cortado ou mesmo mistura chinesa de compra (congelada) a gosto. Bata as natas com os ovos inteiros.Junte a colher de farinha, sal e pimenta e bata até estar homogénea. Verta sobre a forma. Leve ao forno a cozer.
Pode fazer com aproveitamento de frango, de bacalhau, de atum, camarão...


"DESEJO" - Victor Hugo


Desejo primeiro que você ame, E que amando, também seja amado. E que se não for, seja breve em esquecer. E que esquecendo, não guarde mágoa. Desejo, pois, que não seja assim Mas se for, saiba ser sem se desesperar Desejo também que tenha amigos Que mesmo maus e inconseqüentes Sejam corajosos e fiéis E que pelo menos em um deles Você possa confiar sem duvidar E porque a vida é assim Desejo ainda que você tenha inimigos Nem muitos, nem poucos Mas na medida exata para que Algumas vezes você se interpele A respeito de suas próprias certezas. E que entre eles Haja pelo menos um que seja justo Desejo depois, que você seja útil Mas não insubstituível E que nos maus momentos Quando não restar mais nada Essa utilidade seja suficiente Para manter você de pé. Desejo ainda que você seja tolerante Não com os que erram pouco Porque isso é fácil Mas com os que erram muito e irremediavelmente E que fazendo bom uso dessa tolerância Você sirva de exemplo aos outros Desejo que você, sendo jovem, Não amadureça depressa demais E que sendo maduro Não insista em rejuvenescer E que sendo velho Não se dedique ao desespero Porque cada idade tem o seu prazer e a sua dor Desejo, por sinal, que você seja triste Não o ano todo, mas apenas um dia Mas que nesse dia Descubra que o riso diário é bom O riso habitual é insosso E o riso constante é insano. Desejo que você descubra Com o máximo de urgência Acima e a respeito de tudo Que existem oprimidos, injustiçados e infelizes E que estão bem à sua volta Desejo ainda Que você afague um gato, alimente um cuco E ouça o joão-de-barro Erguer triunfante o seu canto matinal Porque assim, você se sentirá bem por nada Desejo também Que você plante uma semente, por menor que seja E acompanhe o seu crescimento Para que você saiba De quantas muitas vidas é feita uma árvore Desejo, outrossim, que você tenha dinheiro Porque é preciso ser prático E que pelo menos uma vez por ano Coloque um pouco dele na sua frente e diga: "Isso é meu" Só para que fique bem claro Quem é o dono de quem Desejo também Que nenhum de seus afetos morra Por eles e por você Mas que se morrer Você possa chorar sem se lamentar E sofrer sem se culpar Desejo por fim Que você sendo homem, tenha uma boa mulher E que sendo mulher, tenha um bom homem Que se amem hoje, amanhã e nos dias seguintes E quando estiverem exaustos e sorridentes Ainda haja amor pra recomeçar E se tudo isso acontecer
Não tenho mais nada a lhe desejar.

"Sou do tamanho que vejo"


«Sou do tamanho do que vejo!» Cada vez que penso esta frase com toda a atenção dos meus nervos, ela me parece mais destinada a reconstruir consteladamente o universo. «Sou do tamanho do que vejo!» Que grande posse mental vai desde o poço das emoções profundas até às altas estrelas que se reflectem nele, e, assim, em certo modo, ali' estão.
E já agora, consciente de saber ver, olhou vasta metafísica objectiva dos céus todos com uma segurança que me dá vontade de morrer cantando. «Sou do tamanho do que vejo!» E o vago luar, inteiramente meu, começa a estragar de vago o azul meio-negro - do horizonte.
Tenho vontade de erguer os braços e gritar coisas de uma selvajaria ignorada, de dizer palavras aos mistérios altos, de afirmar uma nova personalidade larga aos grandes espaços da matéria vazia.
Mas recolho-me e abrando. «Sou do tamanho do que vejo!» E a frase fica-me sendo a-alma inteira, encosto' a ela todas as emoções que sinto, e sobre mim, por dentro, como sobre a cidade por fora, cai a paz indecifrável do luar duro que começa largo com o anoitecer.

in O Livro do Desassossego, Bernardo Soares

"O jet-set Moçambicano"


Já vimos que, em Moçambique, não é preciso ser rico. O essencial é parecer rico. Entre parecer e ser vai menos que um passo, a diferença entre um tropeço e uma trapaça. No nosso caso, a aparência é que faz a essência. Daí que a empresa comece pela fachada, o empresário de sucesso comece pelo sucesso da sua viatura, a felicidade do casamento se faça pela dimensão da festa. A ocasião, diz-se, é que faz o negócio. E é aqui que entra o cenário dos ricos e candidatos a ricos: a encenação do nosso "jet-set". O "jet-set" como todos sabem é algo que ninguém sabe o que é. Mas reúne a gente de luxo, a gente vazia que enche de vazio as colunas sociais. O jet-set moçambicano está ainda no início. Aqui seguem umas dicas que, durante o próximo ano, ajudarão qualquer pelintra a candidatar-se a um jet-setista.
Haja democracia! As sugestões são gratuitas e estão dispostas na forma de um pequeno manual por desordem alfabética:

Anéis - São imprescindíveis. Fazem parte da montra. O princípio é: quem tem boa aparência é bem aparentado. E quem tem bom parente está a meio caminho para passar dos anéis do senhor à categoria de Senhor dos Anéis O jet-setista nacional deve assemelhar-se a um verdadeiro Saturno, tais os anéis que rodeiam os seus dedos. A ideia é que quem passe nunca confunda o jet-setista com um magaíça*, um pobre, um coitado. Deve-se usar jóias do tipo matacão, ouros e pedras preciosas tão grandes que se poderiam chamar de penedos preciosos. A acompanhar a anelagem deve exibir-se um cordão de ouro, bem visível entre a camisa desabotoada.

Boas maneiras
- Não se devem ter. Nem pensar. O bom estilo é agressivo, o arranhão, o grosseiro. Um tipo simpático, de modos afáveis e que se preocupa com os outros? Isso, só uma pessoa que necessita de aprovação da sociedade. O jet-setista nacional não precisa de aprovação de ninguém, já nasceu aprovado. Daí os seus ares de chefe, de gajo mandão, que olha o mundo inteiro com superioridade de patrão. Pára o carro no meio da estrada atrapalhando o trânsito, fura a bicha**, passa à frente, pisa o cidadão anónimo. Onde os outros devem esperar, o jet-setista aproveita para exibir a sua condição de criatura especial. O jet-setista não espera: telefona. E manda. Quando não desmanda.

Cabelo - O nosso jet-setista anda a reboque das modas dos outros. O que vem dos americanos: isso é que é bom. Espreita a MTV e fica deleitado com uns moços cuja única tarefa na vida é fazer de conta que cantam. Os tipos são fantásticos, nesses vídeo-clips: nunca se lhes viu ligação alguma com o trabalho, circulam com viaturas a abarrotar de miúdas descascadas. A vida é fácil para esses meninos. De onde lhes virá o sustento? Pois esses queridos fazem questão em rapar o cabelo à moda militar, para demonstrar a sua agressividade contra um mundo que os excluiu mas que, ao que parece, lhes abriu a porta para uns tantos luxos. E esses andam de cabelo rapado. Por enquanto.
Cerveja - A solidez do nosso matreco vem dos líquidos. O nosso candidato a jet-setista não simplesmente bebe. Ele tem de mostrar que bebe. Parece um reclame publicitário ambulante. Encontramos o nosso matreco de cerveja na mão em casa, na rua, no automóvel, na casa de banho. As obsessões do matreco nacional variam entre o copo e o corpo (os tipos ginasticam-se bem). Vazam copos e enchem os corpos (de musculaças). As garrafas ou latas vazias são deitadas para o meio da rua. Deitar a lata no depósito do lixo é uma coisa demasiado "educadinha". Boa educação é para os pobres. Bons modos são para quem trabalha. Porque a malta da pesada não precisa de maneiras. Precisa de gangs. Respeito? Isso o dinheiro não compra. Antes vale que os outros tenham medo.
Chapéu - É fundamental. Mas o verdadeiro jet-setista não usa chapéu quando todos os outros usam: ao sol. Eis a criatividade do matreco nacional: chapéu, ele usa na sombra, no interior das viaturas e sob o tecto das casas. Deve ser um chapéu que dê nas vistas. Muito aconselhável é o chapéu de cowboy, à la Texana. Para mostrar a familiaridade do nosso matreco com a rudeza dos domadores de cavalos. Com os que põem o planeta na ordem. Na sua ordem.
Cultura
- O jet-setista não lê, não vai ao teatro. A única coisa que ele lê são os rótulos de uísque. A única música que escuta são umas "rapadas e hip-hopadas" que ele generosamente emite da aparelhagem do automóvel para toda a cidade. Os tipos da cultura são, no entender do matreco nacional, uns desgraçados que nunca ficarão ricos. O segredo é o seguinte: o jet-setista nem precisa de estudar. Nem de ter Curriculum Vitae. Para quê? Ele não vai concorrer, os concursos é que vão ter com ele. E para abrir portas basta-lhe o nome. O nome da família, entenda-se.
Carros - O matreco nacional fica maluquinho com viaturas de luxo. É quase uma tara sexual, uma espécie de droga legalmente autorizada. O carro não é para o nosso jet-setista um instrumento, um objecto. É uma divindade, um meio de afirmação. Se pudesse o matreco levava o automóvel para a cama. E, de facto, o sonho mais erótico do nosso jet-setista não é com uma Mercedes. É, com um Mercedes.
Fatos
- Têm de ser de Itália. Para não correr o risco do investimento ser em vão, aconselha-se a usar o casaco com os rótulos de fora, não vá a origem da roupa passar despercebida. Um lencinho pode espreitar do bolso, a sugerir que outras coisas podem de lá sair.

Óculos escuros - Essenciais, haja ou não haja claridade. O style - ou em português, o estilo - assim o exige. Devem ser usados em casa, no cinema, enfim, em tudo o que não bate o sol directo. O matreco deve dar a entender que há uma luz especial que lhe vem de dentro da cabeça. Essa a razão do chapéu, mesmo na maior obscuridade.
Simplicidade
- A simplicidade é um pecado mortal para a nossa matrecagem. Sobretudo, se se é filho de gente grande. Nesse caso, deve-se gastar à larga e mostrar que isso de país pobre é para os outros.
Porque eles (os meninos de boas famílias) exibem mais ostentação que os filhos dos verdadeiros ricos dos países verdadeiramente ricos. Afinal, ficamos independentes para quê? Telemóvel - Ui, ui, ui! O celular ou telemóvel já faz parte do braço do matreco, é a sua mais superior extremidade inferior. A marca, o modelo, as luzinhas que acendem, os brilhantes, tudo isso conta. Mas importa, sobretudo, que o toque do celular seja audível a mais de 200 metros . Quem disse que o jet-setista não tem relação com a música clássica? Volume no máximo, pelo aparelho passam os mais cultos trechos: Fur Elise de Beethoven, a Rapsódia Húngara de Franz Liszt, o Danúbio Azul de Strauss. No entanto, a melodia mais adequada para as condições higiénicas de Maputo é o Voo do Moscardo. Última sugestão: nunca desligue o telemóvel! O que em outro lugar é uma prova de boa educação pode, em Moçambique, ser interpretado como um sinal de fraqueza. Em Conselho de Ministros , na confissão da Igreja, no funeral do avô: mostre que nada é mais importante que as suas inadiáveis comunicações. Você é que é o centro do universo!
Mia Couto

sexta-feira, agosto 28, 2009

"Tempo de autocrítica"


É impossível não ver no programa eleitoral do PSD ontem apresentado, e no anúncio pela dra. Ferreira Leite de políticas de firme combate a medidas da dra. Ferreira Leite, a mão maoista (ou o que resta dela) de Pacheco Pereira, a da autocrítica.

Assim, se a chegar ao Governo, a dra. Ferreira Leite extinguirá o pagamento especial por conta que a dra. Ferreira Leite criou em 2001; a primeira-ministra dra. Ferreira Leite alterará o regime do IVA, que a ministra das Finanças dra. Ferreira Leite, em 2002, aumentou de 17 para 19% ; promoverá a motivação e valorização dos funcionários públicos cujos salários a dra. Ferreira Leite congelou em 2003; consolidará efectiva, e não apenas aparentemente, o défice que a dra. Ferreira Leite maquilhou com receitas extraordinárias em 2002, 2003 e 2004; e levará a paz às escolas, onde o desagrado dos alunos com a ministra da Educação dra. Ferreira Leite chegou, em 1994, ao ponto de lhe exibirem os traseiros. No dia anterior, o delfim Paulo Rangel já tinha preparado os portugueses para o que aí vinha: "A política é autónoma da ética e a ética é autónoma da política". (in: JN, Lisboa)

ARRE que tanto é muito pouco!

ARRE, que tanto é muito pouco!
Arre, que tanta besta é muito pouca gente!
Arre, que o Portugal que se vê é só isto!
Deixem ver o Portugal que não deixam ver!
Deixem que se veja, que esse é que é Portugal!
Ponto.

Agora começa o Manifesto:
Arre!
Arre!
Oiçam bem:
ARRRRRE!


Álvaro de Campos

NOTA DA REDACÇÃO - COMUNGO DO "ARRRE" DE FERNANDO PESSOA

Ah, onde estou...


Ah, onde estou onde passo, ou onde não estou nem passo,
A banalidade devorante das caras de toda a gente!
Ah, a angústia insuportável de gente!
O cansaço inconvertível de ver e ouvir!
(Murmúrio outrora de regatos próprios, de arvoredo meu.)

Queria vomitar o que vi, só da náusea de o ter visto,
Estômago da alma alvorotado de eu ser...



Álvaro de Campos

a CÁBULA de Alberto João Jardim...


Alberto João Jardim não usa teleponto nem papel quando faz os seus comícios. Mas desta vez, usou a mão esquerda para anotar os tópicos do discurso, no Porto Santo. Uma cabula a que recorreu quase uma dezena de vezes, ao longo dos 45 minutos em que falou para uma plateia de portossantenses e turistas curiosos.
© SOL / Tiago Neto

"Brincadeiras de Verão"

Miguel Sousa Tavares, jornal Expresso, 28 Agosto 2009

Cabe na cabeça de alguém que o Governo tenha instalado uma escuta no Palácio de Belém para descobrir, por antecipação, o que pensam o Presidente e os seus antecessores? Não: na minha, pelo menos, não cabe. Mas, seja isto uma irresponsável brincadeira de Verão parida no Palácio de Belém ou uma tenebrosa medida de um governo que, então, se teria transformado num caso de polícia, não é admissível a forma como esta mirabolante história nasceu e cresceu. Um qualquer anónimo assessor de Cavaco Silva, com ou sem o seu conhecimento prévio, não pode lançar a bomba atómica e esconder depois a mão. E o Presidente não pode, a seguir, remeter-se ao silêncio, embrenhado na leitura algarvia do "jipe de diplomas" do Governo que tem para promulgar e de que, tão levianamente também, se veio queixar em público. Há coisas que são demasiado graves para a saúde do regime democrático para poderem ser tratadas com esta desfaçatez de miúdos a brincar à política. Ou Cavaco tem provas, ou muito fundadas suspeitas daquilo que o seu assessor lançou ao vento, ou não tem. Se tem, deve tratar o assunto de outra forma e com a gravidade que ele justifica: um Presidente que tem razões sérias para acreditar que está a ser escutado e vigiado pelo Governo, não pode ficar-se com bocas anónimas lançadas para os jornais. Se não tem provas e se não teve forma de impedir o que disse o seu assessor, deve desmenti-lo publicamente, identificá-lo e demiti-lo. Urgentemente.

Também não sei (e nunca saberemos, claro), se são verdadeiras ou não as acusações de que assessores de Cavaco Silva participaram na elaboração do misterioso programa eleitoral do PSD. E como não sabemos, vale a mesma regra: é mentira, até prova em contrário (sendo que esta é mais difícil de fazer).

Agora, uma coisa há que é verdade: que Cavaco Silva tem o Palácio cheio de assessores e conselheiros que são militantes ou membros do PSD. Está no seu direito, mas, fazendo-o, sujeita-se às leituras políticas e consequências que daí se podem retirar. Há mesmo um membro do seu staff político que é candidato pelo PSD nestas eleições legislativas. E eu acho que ele lhe devia agradecer os serviços até aqui prestados e dispensá-lo: o Presidente da República, que tem uma obrigação constitucional clara de ser equidistante e independente da luta partidária, não pode albergar dois assessores que são simultaneamente candidatos a deputados pelo maior partido da oposição. Não o fazendo e lançando agora esta guerrilha das supostas escutas, Cavaco vai acentuando cada vez mais a ideia de que não lhe é indiferente o desenrolar do processo eleitoral que aí vem e o seu desfecho. Eu sei que foi José Sócrates que lhe deu o pretexto e a desculpa, com a estúpida guerra do Estatuto dos Açores - uma questão menor e inútil, onde Cavaco tinha toda a razão mas onde Sócrates resolveu desafiá-lo gratuitamente. Mas isso não dá ao Presidente a liberdade de movimentos que ele não tem na querela política que se avizinha.

Belém acaba de dar um passo em falso. Um gigantesco passo em falso. É provável que tenha consequências num futuro próximo, porque há coisas com que não se brinca. E, com tantas outras coisas bem mais importantes para discutir e decidir em Outubro, o país dispensava bem estes acessos de protagonismo a despropósito.

ALERTA


Entre as linhas paralelas deve escrever-se "entregue na loja xxxx" ou "entregue no serviço público yyyy", dependendo da situação

Por uma vez, um aviso a circular na Internet não é produto de uma mente criativa com demasiado tempo livre. Segundo uma fonte oficial da PSP, apesar de não existir um "alerta policial", cruzar uma fotocópia de um Bilhete de Identidade é "uma medida de prevenção que pode ser utilizada pelo comum cidadão". E é absolutamente legal.

Há cópias de BI utlizadas para abrir contas num banco, contrair empréstimos ou adquirir cartões de crédito. O prejuízo é sempre do dono do BI.

In: EXPRESSO, hoje

o pior analfabeto


"Não há pior analfabeto que o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. O analfabeto político é tão burro que se orgulha de o ser e, de peito feito, diz que detesta a política. Não sabe, o imbecil, que da sua ignorância política é que nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, desonesto, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo."

Bertolt Brecht (1898-1956)

Pipocas, uma boa notícia


As pipocas contêm elevados níveis de substâncias antioxidantes, conhecidas como polifenóis, que ajudam a diminuir o risco de cancro e doenças cardíacas, revelou um novo estudo elaborado por cientistas da Universidade de Scranton nos Estados Unidos.

Afro-Simpsons

Este é o aspecto da Família Simpson, para um vídeo profissional feito em Angola pela agência de publicidade Executive Center de Luanda. Quer a decoração, o modo de vestir, penteados e até a chinelinha no pé...

Definições que não estão nos dicionários


ABANDONO - Quando a jangada parte e você fica.
ADEUS - O tipo de tchau mais triste que existe.
ADOLESCENTE - Toda criatura que tem fogos de artifício dentro dela.
ARTISTA - Espécie de gente que nunca deixará de ser criança.
AUSÊNCIA - Uma falta que fica ali, sempre presente.
FOTOGRAFIA - Um pedaço de papel que guarda um pedaço de vida nele.
FILHO - Um serzinho adorável e todo seu, que um dia cresce e passa a ser todo dele.
LEALDADE - Qualidade de cachorro que pouquíssimas pessoas têm.
LÁGRIMA - Sumo que sai dos olhos quando se espreme o coração.
OUSADIA - Quando o Coração diz para a Coragem: Vá! E a Coragem vai mesmo.

"português" do Brasil e (NÃO É) português de Portugal



aquela dos constipados e "estipados" deve ser já a nova designação da gripe H1N1...
continuo CONTRA o acordo ortográfico. Assim como está, entendemo-nos tão bem e até achamos graça às diferenças linguísticas.É uma identidade própria que se quer destruir e, o presidente da República Portuguesa está nisso empenhado. Ou não fosse ele a dizer de si mesmo: "não leio jornais e raramente me engano".

quinta-feira, agosto 27, 2009

Danyl Johnston. O sucessor de Susan Boyle?

moda no Paraíso?

preocupação paternal

- Pai...
- Hmmmm...?
- Como é o feminino de sexo?
- O quê?
- O feminino de sexo.
- Não tem.
- Sexo não tem feminino?
- Não.
- Só tem sexo masculino?
- É. Quer dizer, não. Existem dois sexos. Masculino e feminino.
- E como é o feminino de sexo?
- Não tem feminino. Sexo é sempre masculino.
- Mas tu mesmo disse que tem sexo masculino e feminino.
- O sexo pode ser masculino ou feminino. A palavra "sexo" é masculina. O sexo masculino, o sexo feminino.
- Não devia ser "a sexa"?
- Não.
- Por que não?
- Porque não! Desculpe. Porque não. "Sexo" é sempre masculino.
- O sexo da mulher é masculino?
- É não! O sexo da mulher é feminino.
- E como é o feminino?
- Sexo mesmo. Igual ao do homem.
- O sexo da mulher é igual ao do homem?
- É. Quer dizer... Olha aqui. Tem o sexo masculino e o sexo feminino, certo?
- Certo.
- São duas coisas diferentes.
- Então como é o feminino de sexo?
- É igual ao masculino.
- Mas não são diferentes?
- Não. Ou, são! Mas a palavra é a mesma. Muda o sexo, mas não muda a palavra.
- Mas então não muda o sexo. É sempre masculino.
- A palavra é masculina.
- Não. "A palavra" é feminino. Se fosse masculina seria "o palavro"
- Chega! Vai brincar, vai.
O garoto sai e a mãe entra. O pai comenta:
- Temos que ficar de olho no miúdo...
- Por quê?
- Ele só pensa em gramática.

Imagem do dia - esta vai ser uma união-de-facto, com toda a certeza...

"A Pietá" - Michelangelo

A Pietá (em português Piedade) de Michelangelo é talvez a Pietá mais conhecida e uma das mais famosas esculturas feitas pelo artista. Representa Jesus morto nos braços da Virgem Maria.

A fita que atravessa o peito da Virgem Maria traz a assinatura do autor, única que se conhece: MICHAEL ANGELUS. BONAROTUS. FLORENT. FACIEBA(T), ou seja, «Miguel Angelo Buonarotus de Florença fez.»

Fica na basílica de São Pedro, na primeira capela da alameda do lado direito. Desde que a estátua foi atacada em 1972, está protegida por um vidro a prova de bala. Tem 174 centímetros por 69 centímetros e é feita em mármore.

Em 26 de Agosto de 1498 o cardeal francês Jean Bilhères de Lagraulas encomendou a Miguel Ângelo uma imagem da Virgem para a Capela dos Reis de França, para a antiga basílica de São Pedro.

Juntando capacidades criadoras geniais a uma técnica perfeita, o artista toscano criou então a sua mais acabada e famosa escultura: a Pietá. O tema vem da Europa do Norte, a dor de Maria sobre o corpo morto do filho, mas Michelangelogénero em favor de uma visão idealizada. abandonou o realismo cruel típico do

Iniciara-se como artista ainda durante o Quattrocento, em Florença, onde trabalhou para os Médicis, mas a Pietá foi a sua primeira grande obra escultórica. Trata-se de um trabalho de admirável perfeição, organizado segundo um esquema em forma de pirâmide, um formato muito utilizado pelos pintores e escultores renascentistas.

Nesta obra delicada o artista encontrou a solução ideal para um problema que preocupara os escultores do Primeiro Renascimento: a colocação do Corpo de Jesus Cristo morto no regaço de Maria. Para isso alterou deliberadamente as proporções: o Cristo é menor que a Virgem, que é para dar a impressão de não esmagar a Mãe e mostrar que é seu Filho, para não “sair” do esquema triangular. A Virgem Maria foi representada muito jovem e com uma nobre resignação: a expressão dolorosa do rosto é idealizada, contrastando com a angústia que tradicionalmente os artistas lhe imprimiam. Torna-se assim evidente a influência do “pathos” dos clássicos gregos. E o autor imaginou a juventude de Maria, objecções que erguem contra ele seus críticos, como sua expressão de sua pureza incorruptível.

O requinte e esmero da modelação e o tratamento da superfície do mármore, polido como um marfim, deram-lhe a reputação de uma das mais belas esculturas de todos os tempos. Importante como o autor conseguiu harmonizar a figura horizontal do Cristo, estendido sobre os joelhos da mãe, como que inserido entre suas amplas vestes, com a figura « vertical» de Maria.
Michelangelo tinha 23 anos. Em função da pouca idade, muitos não acreditaram que fosse o autor. Assim, por isso teria inscrito o nome na faixa que atravessa o peito de Maria.
As fotos abaixo foram feitas pelo fotógrafo Robert Hpka, em 1999. Ele obteve autorização para fotografar durante toda uma noite a Pietà. Fez centenas de fotografias de todos os ângulos, subiu a andaimes, de todas as maneiras possíveis. Quando interrogaram Robert Hunka sobre a contemplação da Pietà, ele respondeu:

"pela primeira vez na minha vida encontrei-me perante a verdadeira grandeza".















in- net

Mais uma história de ....Judas!

Jesus, muito preocupado, chama os discípulos e os apóstolos para uma reunião de emergência, devido ao alto consumo de droga na Terra. Depois de muito pensar chega à conclusão de que a melhor maneira de combater a situação e resolvê-la definitivamente é provarem a droga eles mesmos e tomar, depois, medidas adequadas. Decide-se que uma comissão de discípulos desça à Terra e recolha diferentes drogas. Efectua-se a operação secreta e dois dias depois começam a chegar os comissários.
Jesus esperava na porta do céu.
Nisto, chega o primeiro.
-Quem é?
-Sou Paulo.
Jesus abre a porta.
-E o que trazes Paulo?
-Trago haxixe de Marrocos.
-Muito bem, filho, entra.
-Quem é?
-Sou Marcos.
-E o que trazes Marcos?
-Trago marijuana da Colômbia.
-Muito bem, filho, entra.
-Quem é?
-Sou Mateus.
-E o que trazes Mateus?
-Trago cocaína da Bolívia.
-Muito bem, filho, entra.
-Quem é?
-Sou João.
-E o que trazes João?
-Trago crack de Nova Yorque.
-Muito bem , filho, entra.
-Quem é?
-Sou Lucas.
-E o que trazes Lucas?
-Trago speeds de Amesterdão.
-Muito bem, filho, entra.
-Quem é?
-Sou o Judas.
-E o que trazes Judas?
-A POLÍCIA JUDICIÁRIA!...TODOS NO CHÃO!!!...E TU TAMBÉM, Ó GADELHUDO....

quarta-feira, agosto 26, 2009

O nosso ESTUPEFACTO Presidente da Repúplica

eu chamaria ao vídeo "Poema - as Vacas" de Aníbal Cavaco Silva
(para ouvir desligue o som do blog, por favor)

"PONYO" , brevemente num cinema perto de si...

o "Big Brother" está mesmo a segui-lo...

Tem um cartão de fidelidade do supermercado onde costuma fazer compras? Esse bocadinho de plástico que lhe pode valer descontos conta mais sobre a sua vida do que você gostaria.

O cartão está em seu nome e tem agregada a sua morada e provavelmente outros dados pessoais. Mas não é tudo: numa base de dados algures (a incerteza deste algures é relevante) estão listadas todas as compras que você fez sempre que apresentou esse cartão. Ou seja, conta até coisas que você considera privadas.

Se tem a mania da comida saudável, se enche a despensa de comida de plástico ou legumes e produtos dietéticos, se bebe álcool e que tipo de álcool (se é mais amigo das cervejinhas ou do uísque), se usa preservativos ou lubrificantes íntimos, se tem bebés ou crianças a seu cargo, se há lá em casa problemas de incontinência urinária, até mesmo se começou a praticar desporto, se vai de férias ou se fez mudanças em casa. Tudo isso pode ser inferido do seu historial de consumo apenas no supermercado. Os cartões de fidelidade existem também para lhe "tirar a fotografia" e conhecê-lo melhor. Às vezes, bem de mais.

Se está com ideias de deitar fora esse cartãozinho que lhe dava tanto jeito, pense duas vezes. Provavelmente teria que abdicar de inúmeros cartões que traz na carteira: o das Farmácias de Portugal (o seu nome e dados pessoais, mais toda a medicação que compra), os cartões bancários, do seguro de saúde, da bomba de gasolina, do clube de vídeo... Mais os cartões de muitos organismos públicos.

A protecção de dados cruza-se com a privacidade: o direito básico a termos o nosso espaço, livre de intrusão ou da necessidade de dar explicações e a decidirmos que aspectos da nossa vida ficam nesse recato e quais são públicos.

É um direito reconhecido na Declaração dos Direitos do Homem e na Constituição. Não é coisa pouca: é um pilar da dignidade humana e uma condição de liberdade. Apesar disso, é um espaço que está a estreitar-se. Uma das razões é que nos esquecemos de o proteger.

Já lhe aconteceu olhar para os seus movimentos de conta ou para a factura detalhada do telemóvel e sentir a estranheza de estar ali o relato do que foi a sua vida naqueles dias? E se forem outros a ver esse relato?

Texto publicado na edição do Expresso de 22 de Agosto de 2009













conforme vos informei, ei-la!

para grandes e pequeninos

Aprenda a ver em 3D usando a figura



Encoste o nariz no centro da figura. Você vai notar que ela está borrada. Agora focalize como se estivesse olhando através da imagem para o infinito. Bem lentamente afaste a imagem do rosto até que os dois quadrados vermelhos em cima da imagem apareçam como três quadrados. Se enxergar quatro quadrados, afaste a imagem um pouco mais até conseguir ver três quadrados. Se enxergar apenas um ou dois quadrados, comece de novo!

Quando enxergar nítidamente três quadrados, pare nessa posição e a imagem oculta aparecerá mágicamente. Após perceber a imagem oculta e a profundidade, você pode olhar em volta de toda a figura 3D. Quanto mais olhar, mais nítida fica a ilusão. Quanto mais longe posicionar a figura, mais profundidade ela ganha.

(Na figura acima aparece o Planeta Saturno com seus anéis)