Esta sexta-feira será apresentado o 'Solar Impulse', o primeiro avião solar capaz de atravessar o Atlântico e, num futuro modelo, capaz de realizar uma viagem à volta do mundo. O aparelho pode transportar um piloto durante 36 horas. De dia, usa 12 mil células fotovoltaicas que cobrem as asas. E, de noite, plana e utiliza a energia acumulada nas baterias de lítio.
Uma equipa internacional de 50 especialistas desenvolveu um avião a energia solar capaz de se manter em voo durante 36 horas e de atravessar o Atlântico. O Solar Impulse sairá do hangar na sexta--feira para uma apresentação num aeródromo de Zurique, mas por enquanto é apenas um protótipo que fará testes visando apurar uma futura aeronave, aquela que irá dar a volta ao mundo em 2012, com apenas cinco paragens para descanso do piloto.
Este projecto é liderado por Bertrand Piccard, cujo apelido evoca as últimas grandes descobertas do século XX. O seu avô, um famoso físico, inventou o batíscafo e o balão estratosférico. O seu pai, Jacques, que faleceu em Novembro do ano passado, com 86 anos, foi um dos dois homens que a 23 de Janeiro de 1960, a bordo do Trieste, atingiram pela primeira vez o ponto mais fundo dos oceanos, na Fossa das Marianas, 10916 metros abaixo do nível do mar.
O projecto de Bertrand Piccard irrompe na história da aviação a partir de 2003, no âmbito de uma intensa corrida para desenvolver um avião capaz de suportar pelo menos um piloto e cobrir longas distâncias. Há dezenas de equipas a trabalhar, embora os suíços pareçam estar um pouco à frente.
O objectivo de Piccard é atingir o conceito de voo perpétuo, o que exige que a aeronave possa suportar pelo menos dois pilotos: como não consome qualquer combustível, o avião solar pode teoricamente voar sem paragens (se os materiais resistirem). As células fotovoltaicas produzem toda a electricidade necessária e as baterias de lítio guardam energia que suporta a fase nocturna. Mas a máquina é concebida como um planador de alta eficiência, dada a amplitude das asas.
O Solar Impulse já teve um protótipo e a última versão deverá ter 80 metros e pesar duas toneladas. O avião que será apresentado depois de amanhã corresponde à fase intermédia do projecto: tem tonelada e meia e é já um mamute com asas de 61 metros de comprimento, nas quais estão as células fotovoltaicas que produzem a energia depois transmitida para quatro pequenos motores a hélice. O avião é capaz de voar a 70 quilómetros por hora e de atingir uma altitude superior a 8 mil metros. A sua autonomia é de 36 horas, embora não seja claro se essa limitação tem a ver com o factor humano.
Como é tradicional na aviação, nos aviões solares existe uma intensa corrida por novas proezas. No início deste mês, uma outra máquina, o Sunseeker II, desenvolvida pelo piloto americano Eric Raymond, conseguiu atravessar os Alpes. O Sunseeker II devia ter competido no Salão Aeronáutico de Turim, mas o seu rival alemão, Icare II, retirou-se para afinar a electrónica.
Uma equipa internacional de 50 especialistas desenvolveu um avião a energia solar capaz de se manter em voo durante 36 horas e de atravessar o Atlântico. O Solar Impulse sairá do hangar na sexta--feira para uma apresentação num aeródromo de Zurique, mas por enquanto é apenas um protótipo que fará testes visando apurar uma futura aeronave, aquela que irá dar a volta ao mundo em 2012, com apenas cinco paragens para descanso do piloto.
Este projecto é liderado por Bertrand Piccard, cujo apelido evoca as últimas grandes descobertas do século XX. O seu avô, um famoso físico, inventou o batíscafo e o balão estratosférico. O seu pai, Jacques, que faleceu em Novembro do ano passado, com 86 anos, foi um dos dois homens que a 23 de Janeiro de 1960, a bordo do Trieste, atingiram pela primeira vez o ponto mais fundo dos oceanos, na Fossa das Marianas, 10916 metros abaixo do nível do mar.
O projecto de Bertrand Piccard irrompe na história da aviação a partir de 2003, no âmbito de uma intensa corrida para desenvolver um avião capaz de suportar pelo menos um piloto e cobrir longas distâncias. Há dezenas de equipas a trabalhar, embora os suíços pareçam estar um pouco à frente.
O objectivo de Piccard é atingir o conceito de voo perpétuo, o que exige que a aeronave possa suportar pelo menos dois pilotos: como não consome qualquer combustível, o avião solar pode teoricamente voar sem paragens (se os materiais resistirem). As células fotovoltaicas produzem toda a electricidade necessária e as baterias de lítio guardam energia que suporta a fase nocturna. Mas a máquina é concebida como um planador de alta eficiência, dada a amplitude das asas.
O Solar Impulse já teve um protótipo e a última versão deverá ter 80 metros e pesar duas toneladas. O avião que será apresentado depois de amanhã corresponde à fase intermédia do projecto: tem tonelada e meia e é já um mamute com asas de 61 metros de comprimento, nas quais estão as células fotovoltaicas que produzem a energia depois transmitida para quatro pequenos motores a hélice. O avião é capaz de voar a 70 quilómetros por hora e de atingir uma altitude superior a 8 mil metros. A sua autonomia é de 36 horas, embora não seja claro se essa limitação tem a ver com o factor humano.
Como é tradicional na aviação, nos aviões solares existe uma intensa corrida por novas proezas. No início deste mês, uma outra máquina, o Sunseeker II, desenvolvida pelo piloto americano Eric Raymond, conseguiu atravessar os Alpes. O Sunseeker II devia ter competido no Salão Aeronáutico de Turim, mas o seu rival alemão, Icare II, retirou-se para afinar a electrónica.
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