Realizou-se, no passado dia 10, um encontro de catequistas de toda a ilha, promovido pela Diocese do Funchal.É de louvar que se façam "mini-congressos" para troca de experiências, para debater a relutância que a maioria dos jovens tem em relação à catequese, as suas ausências das Celebrações onde só comparecem se lhes interessa, fomentar intercâmbio de comunidades, enfim, na minha óptica seria o ideal.Não basta cantar e agitar braços (como se faz nas Igrejas "não convencionais"). O encontro realizou-se, nada mais nada menos, que no espaço da Fundação Social Democrata que, disse um dirigente partidário do PSD, seria preciso rentabilizar. Mas se a Diocese nada pagou e em ano de eleições, a rentabilização não será outra que a rentabilização política.
Numa terra em que o Presidente do Gov. Regional realiza jantares-comícios para mais de mil pessoas (lugares sentados), em cada concelho, em pavilhões (ou será para vilões?) gimnodesportivos, não haveria no dia 10 de Junho, feriado, um pavilhão disponível? É claro que dá para desconfiar! Sobretudo numa terra em que vemos sacerdotes que se prestam a benzer 200, 300, 500 metros de estradas, às vezes nos cocurutos da ilha, poços de água, e o que mais vier. Sem se sequer se pensar em como foram feitas as adjudicações, se os operários têm salários em dia, descanso salvaguardado...
No pós 25 de Abril veio para a Madeira, como Bispo, D. Francisco Santana, o polémico capelão da frota bacalhoeira do almirante Henrique Tenreiro, qualquer um deles conotado com o regime salazarista. Nessa altura já não o podiam mandar para África, uma vez que não o queriam no Continente, como foram tantos e bons Sacerdotes que ousaram levantar a voz, em defesa do Evangelho de Cristo e da liberdade civil. Seguiu-se-lhe D. Teodoro, outro subserviente do poder político e que chegou a abandonar uma cerimónia do sacramento do Crisma para ir benzer...um hotel! Ficou ainda conhecido, à escala global, com o triste episódio "Frederico", padre que ele ordenou, protegeu e tirou da cadeia. Resta ainda dizer (E perdoem o extenso) que nas décadas 70/90 muitos Sacerdotes aqui se viram perseguidos, suspensos, obrigados a abandonar a escolha mais autêntica que tinham feito na sua vida- o Evangelho! E lembro os srs. P. Tavares, P. Martins, P. Edgar, P. Ricardo e até o P.Paquete de Oliveira hoje considerado dos maiores sociólogos portugueses e provedor actual do espectador, na Rádio Televisão Portuguesa.
Com a vinda do D. António houve um anelo de esperança na Igreja Madeirense. Porém, passados dois anos o que constatamos é que não há fermento novo a levedar a massa, não há exemplos apelativos à juventude, não há catequese de adultos.
Muitas vezes tenho dito, falando com Amigos, que a Igreja Católica tem de voltar ao tempo das Catacumbas, pelo menos no Espírito.
Não é com mais encontros agitados e deslocando massas, não é cantando e partilhando farnéis, que a Igreja cresce.
É na intimidade do quarto de cada um que, para os que acreditam, que Deus se revela.(Mat.6-6,7)
Numa terra em que o Presidente do Gov. Regional realiza jantares-comícios para mais de mil pessoas (lugares sentados), em cada concelho, em pavilhões (ou será para vilões?) gimnodesportivos, não haveria no dia 10 de Junho, feriado, um pavilhão disponível? É claro que dá para desconfiar! Sobretudo numa terra em que vemos sacerdotes que se prestam a benzer 200, 300, 500 metros de estradas, às vezes nos cocurutos da ilha, poços de água, e o que mais vier. Sem se sequer se pensar em como foram feitas as adjudicações, se os operários têm salários em dia, descanso salvaguardado...
No pós 25 de Abril veio para a Madeira, como Bispo, D. Francisco Santana, o polémico capelão da frota bacalhoeira do almirante Henrique Tenreiro, qualquer um deles conotado com o regime salazarista. Nessa altura já não o podiam mandar para África, uma vez que não o queriam no Continente, como foram tantos e bons Sacerdotes que ousaram levantar a voz, em defesa do Evangelho de Cristo e da liberdade civil. Seguiu-se-lhe D. Teodoro, outro subserviente do poder político e que chegou a abandonar uma cerimónia do sacramento do Crisma para ir benzer...um hotel! Ficou ainda conhecido, à escala global, com o triste episódio "Frederico", padre que ele ordenou, protegeu e tirou da cadeia. Resta ainda dizer (E perdoem o extenso) que nas décadas 70/90 muitos Sacerdotes aqui se viram perseguidos, suspensos, obrigados a abandonar a escolha mais autêntica que tinham feito na sua vida- o Evangelho! E lembro os srs. P. Tavares, P. Martins, P. Edgar, P. Ricardo e até o P.Paquete de Oliveira hoje considerado dos maiores sociólogos portugueses e provedor actual do espectador, na Rádio Televisão Portuguesa.
Com a vinda do D. António houve um anelo de esperança na Igreja Madeirense. Porém, passados dois anos o que constatamos é que não há fermento novo a levedar a massa, não há exemplos apelativos à juventude, não há catequese de adultos.
Muitas vezes tenho dito, falando com Amigos, que a Igreja Católica tem de voltar ao tempo das Catacumbas, pelo menos no Espírito.
Não é com mais encontros agitados e deslocando massas, não é cantando e partilhando farnéis, que a Igreja cresce.
É na intimidade do quarto de cada um que, para os que acreditam, que Deus se revela.(Mat.6-6,7)
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