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sexta-feira, junho 19, 2009

Risco de mudanças IRREVERSÍVEIS no clima da Terra


Um relatório publicado ontem por um grupo de 12 cientistas do IPCC alerta para risco de mudanças abruptas e irreversíveis no clima da Terra se não forem dados passos rápidos e eficazes para diminuir drasticamente as emissões de gases com efeito de estufa. A publicação do relatório surge a poucos meses de negociações decisivas em Copenhaga.

A seis meses da conferência do clima, em Copenhaga, onde 180 países terão de definir as medidas que a partir de 2012 vão permitir reduzir as emissões de gases com efeito de estufa, um grupo cientistas do clima publicou um relatório que alerta para "um risco acrescido de mudanças climáticas irreversíveis", se não houver uma reacção rápida e adequada.

A conferência, que se realiza em Dezembro sob os auspícios da ONU, deverá dar seguimento aos compromissos dos países industrializados no âmbito do Protocolo de Quioto, cuja vigência termina em 2012. O documento ontem publicado foi elaborado por um grupo de 12 cientistas, dos cerca de dois mil do Painel Intergovernamental para as Alterações Climáticas (IPCC), com base nas conclusões de uma reunião em que estes fizeram o ponto da situação das alterações climáticas.

De acordo com os dados ali avançados, os vários parâmetros climáticos estão a evoluir "perto do limite mais alto" das projecções publicadas pelo IPCC no seu relatório de 2007. No caso da temperatura, por exemplo, o painel traçou uma estimativa de um aumento global entre os dois graus Celsius, no mínimo, e os seis graus no máximo, para as últimas décadas do século. É preciso dizer que os dois graus, de acordo com o IPCC, são o máximo que a temperatura global pode aumentar sem que ocorram disrupções graves no sistema climático da Terra. Isso produziria catástrofes ambientais em vários pontos do planeta.

O desaparecimento de grandes volumes de gelo no Árctico, a subida do nível do mar e a sua acidificação são já alguns dos sinais da mudança em curso.

No relatório, que foi coordenado pela investigadora Katherine Richardson, afirma-se que uma das alterações mais espectaculares que ocorreu desde a publicação do último relatório do IPCC, em 2007, foi o degelo no Árctico, que em 2007 atingiu um novo recorde absoluto.

Os cientistas recomendam uma redução de 25 a 40 por cento de emissões de gases com efeito de estufa entre 2012 e 2020, para que o aumento da temperatura global, no final do século não ultrapasse os tais dois graus Celsius. Mas os valores neste momento em cima da mesa, para negociação em Copenhaga, em Dezembro, não ultrapassam os 8 a 14 por cento de redução. Não chega, dizem os peritos.

In: DN, hoje

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