A lagoa do meu kimbo
não reflecte a lua
mas a mágoa dos homens de maio.
À prata morta das águas
mordo as pitangas de maio
frutos túrgidos de sangue
sabor lacustre disforme palustre
de morte e esquecimento...
A lagoa do meu kimbo
não reflecte a lua mas as máscaras
gota a gota caindo lágrimas
no corpo morcego da noite
e dos ramos calcinados das árvores
libertam-se fantasmas
aspros de veludo
amortalhando os meus olhos
de maio vestindo ébano
coalhado de cadáveres e perfumadas ptomaínas.
não reflecte a lua
mas a mágoa dos homens de maio.
À prata morta das águas
mordo as pitangas de maio
frutos túrgidos de sangue
sabor lacustre disforme palustre
de morte e esquecimento...
A lagoa do meu kimbo
não reflecte a lua mas as máscaras
gota a gota caindo lágrimas
no corpo morcego da noite
e dos ramos calcinados das árvores
libertam-se fantasmas
aspros de veludo
amortalhando os meus olhos
de maio vestindo ébano
coalhado de cadáveres e perfumadas ptomaínas.
Namibiano Ferreira, Angola
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