O único museu do mundo dedicado a John Lennon, o músico e membro dos Beatles assassinado em 1980, vai fechar em Setembro por falta de visitantes. O espaço, que funciona em Saitama, na zona norte de Tóquio, encerra portas ao fim de dez anos de actividade.
Abriu a 9 de Outubro de 2000, data do 60.º aniversário de Lennon, e ao fim de uma década atraiu perto de 550 mil pessoas, 124 mil das quais no primeiro ano. Com uma média anual de 30 mil visitantes, o proprietário do edifício onde funciona o museu e o administrador do espaço, a empresa de construção Taisei, considerou que a adesão não era suficiente e lucrativa. Segundo a agência noticiosa Kyodo, o museu registou uma perda de mais de 100 milhões de ienes por ano (cerca de 800 mil euros).
O museu, que reúne perto de 130 objectos que pertenceram ao músico, entre guitarras, óculos, roupa e algumas partituras, abriu com o consentimento da viúva de Lennon, Yoko Ono. O acordo estabelecido então com Ono termina no próximo dia 30 de Setembro, data em que o museu fechará. “Após dez anos, a memória de John vai iniciar uma próxima viagem”, disse Ono num comunicado endereçado aos fãs de Lennon que reuniram assinaturas para tentar impedir o encerramento do museu.
John Lennon foi assassinado a 8 de Dezembro de 1980 à porta da sua casa em Nova Iorque por Mark Chapman que disparou cinco vezes sobre o músico. Chapman, preso há 27 anos, foi condenado a prisão perpétua por homicídio. Está detido numa unidade especial na prisão de Attica, em Nova Iorque, separado dos restantes presos para sua própria segurança.
Há dois anos e pela quinta vez, a justiça americana negou-lhe o pedido de liberdade condicional.
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