Pássaros migradores da família das toutinegras enfrentam o risco de ter de alongar até mais 400 quilómetros as suas viagens anuais entre a África e a Europa, por causa das alterações climáticas. As previsões são de especialistas ingleses e referem-se às últimas três décadas do século XXI. Uma espécie de toutinegra comum em Portugal está entre as ameaçadas.
As aves migradoras podem no futuro ter de fazer viagens até 400 quilómetros mais longas do que actualmente, no seu vaivém entre a Europa e a África, devido às alterações climáticas. Este é o resultado de um estudo que avaliou 17 espécies de aves canoras migradoras da família das toutinegras e que pela primeira vez demonstra esta possibilidade.
Uma destas aves é a toutinegra--de-barrete-preto (Sylvia atricapilla, de nome científico), um visitante comum em Portugal, entre a Primavera e o Outono.
O estudo, realizado por investigadores ingleses das universidades de Durham e de Cambridge, com a colaboração da BirdLife, é o primeiro a estimar esta possibilidade.
"Os nossos dados mostram que as longas maratonas migratórias de algumas aves vão tornar-se mais extensas ainda", o que são "más notícias" para alguns destes pequenos pássaros, afirmou o coordenador do estudo Stephen Willis, da Universidade de Durham, citado pela Science Daily.
As projecções realizadas pela equipa das universidades inglesas apontam para que nove das 17 espécies avaliadas tenham de enfrentar viagens mais longas nas últimas três décadas do século XXI.
"Estes pequenos pássaros fazem percursos incríveis, quase atingindo os limites de resistência. Tudo o que tornar essa jornadas mais longas e mais dependentes de pontos de paragem que são raros e vulneráveis, para descanso e alimentação, podem fazer a diferença entre a vida e a morte para estas aves", defendeu, por seu turno, o biólogo e investigador Rhys Green, da Universidade de Cambridge, co-autor do estudo.
De acordo com este especialista, já há evidências de que as aves migradoras estão neste momento a viajar mais para norte, na Europa, em busca das condições climáticas que lhes são mais favoráveis "tal como os modelos já previam".
Os novos dados, segundo o investigador da universidade de Cambridge, "colocarão uma nova pressão numa viagem já de si árdua". Parte das espécies avaliadas neste estudo têm de atravessar o deserto do Sara durante o seu percurso.
Estima-se que cerca de 500 milhões de aves migrem anualmente para a Europa e a Ásia, a partir do continente africano, percorrendo milhares de quilómetros entre um continente e os outros.
As aves da família das toutinegras que foram avaliadas nesta investigação pesam em média nove gramas. Nas suas migrações, chegam à Europa com a Primavera, para aproveitarem a abundância de insectos e o bom tempo. Partem para Sul no Outono, de novo em busca do calor.
In: DN
As aves migradoras podem no futuro ter de fazer viagens até 400 quilómetros mais longas do que actualmente, no seu vaivém entre a Europa e a África, devido às alterações climáticas. Este é o resultado de um estudo que avaliou 17 espécies de aves canoras migradoras da família das toutinegras e que pela primeira vez demonstra esta possibilidade.
Uma destas aves é a toutinegra--de-barrete-preto (Sylvia atricapilla, de nome científico), um visitante comum em Portugal, entre a Primavera e o Outono.
O estudo, realizado por investigadores ingleses das universidades de Durham e de Cambridge, com a colaboração da BirdLife, é o primeiro a estimar esta possibilidade.
"Os nossos dados mostram que as longas maratonas migratórias de algumas aves vão tornar-se mais extensas ainda", o que são "más notícias" para alguns destes pequenos pássaros, afirmou o coordenador do estudo Stephen Willis, da Universidade de Durham, citado pela Science Daily.
As projecções realizadas pela equipa das universidades inglesas apontam para que nove das 17 espécies avaliadas tenham de enfrentar viagens mais longas nas últimas três décadas do século XXI.
"Estes pequenos pássaros fazem percursos incríveis, quase atingindo os limites de resistência. Tudo o que tornar essa jornadas mais longas e mais dependentes de pontos de paragem que são raros e vulneráveis, para descanso e alimentação, podem fazer a diferença entre a vida e a morte para estas aves", defendeu, por seu turno, o biólogo e investigador Rhys Green, da Universidade de Cambridge, co-autor do estudo.
De acordo com este especialista, já há evidências de que as aves migradoras estão neste momento a viajar mais para norte, na Europa, em busca das condições climáticas que lhes são mais favoráveis "tal como os modelos já previam".
Os novos dados, segundo o investigador da universidade de Cambridge, "colocarão uma nova pressão numa viagem já de si árdua". Parte das espécies avaliadas neste estudo têm de atravessar o deserto do Sara durante o seu percurso.
Estima-se que cerca de 500 milhões de aves migrem anualmente para a Europa e a Ásia, a partir do continente africano, percorrendo milhares de quilómetros entre um continente e os outros.
As aves da família das toutinegras que foram avaliadas nesta investigação pesam em média nove gramas. Nas suas migrações, chegam à Europa com a Primavera, para aproveitarem a abundância de insectos e o bom tempo. Partem para Sul no Outono, de novo em busca do calor.
In: DN
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