Soube-se hoje e enquanto decorre a celebração do Oitavário da Unidade dos Cristãos, que o actual bispo do Funchal, D. António Cavaco, pretende que os sacerdotes da diocese do Funchal, sejam dóceis, submissos, digam sempre "ámen" ao sr. bispo, em suma estejam AMORDAÇADOS.
Numa terra tão pequena é fácil saber os padres que exercem o seu ministério ao serviço do povo que lhes é confiado, que estudam e se preocupam na sua catequização, que fomentam o ensinamento de Jesus (que privilegiava a dignidade individual em detrimento das grandes concentrações públicas arrebanhadas), que O seguem na simplicidade e pobreza espiritual, nos que se empenham pelo bem estar social não deixando que o conceito bíblico de Igreja passe ao largo da realidade contemporânea.
Verdade que a realidade eclesial está secularizada, influenciada pelas regras de vida de um mundo fora dela e que dela desdenha sem o menor receio!
Daqui que o contraste gritante entre os que são do povo e estão com o povo, que riem e sofrem por ele e com ele, seja tão acentuado, em detrimento dos que apenas calendarizam cerimónias, fazem registos que só a eles competem, mas não vivem, não sofrem, não falam, não riem, não conhecem o...rebanho.
E ver que os que sempre trabalharam, não na vida facilitada de hoje, com bons carros, mordomias, água quente até para tomar banho, bem informatizados, mas que passaram as necessidade de construir a igreja de pedra que o governo então não fazia, que necessitava das mãos do seu povo e do seu pároco, do seu esforço e suor para, pronta esta, construir a Igreja Espiritual que só a Deus reconhecia como Senhor.
É minha opinião pessoal e sentida que, desde João Paulo II e ainda mais com Ratzinger, a Igreja Ecuménica do Vaticano II sofreu um ataque de conservadorismo.
Se foram e são fomentadas enormes concentrações públicas, que não me convencem e, repito, falo na esfera pessoal, restar-nos-á indagar se essas multidões não chegaram vazias e saíram ocas!
tukakubana
A mim ninguém me amordaça... E pronto! Sou padre da Diocese do Funchal, cheio de amor pela minha terra, mas não me vergo ao pretenso poder religioso que alguns pensam possuir. Creio em Deus Pai e em Jesus Cristo - isso e apenas isso me basta. Quanto ao gosto pelas multidões, todos os poderes as desejam, fomentam e tudo fazem para que aconteçam com frequência. É pena que não se perceba que daí não vem nada de novo e que o vazio é o pior dos males da nossa igreja neste momento. O Evangelho está esquecido, Jesus arrumado numa prateleira e Deus-Pai cheio de misericórdia e amor por todos, é uma miragem. Peço a Deus que melhores dias venham ao nosso encontro. Obrigado Tuka pela sua tenção e reflexão apurada...
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