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quarta-feira, janeiro 13, 2010

O vale do porco negro


foto: Jean Saudek
Lento cai o orvalho
e juntam-se os sonhos: estranhas lanças
Súbito cruzam o meu olhar de acordado sonho,
O estrépito dos cavaleiros
que tombam e os gritos
De desconhecidos exércitos moribundos
golpeiam os meus ouvidos.
Nós, que quando o dia se afoga no orvalho
Ainda trabalhamos junto ao dólmen da costa,
cinzento sepulcro da colina,
Fatigados dos impérios do mundo,
ante ti nos prostramos,
Senhor das tranquilas estrelas
e da porta flamejante.

W.B.Yeats, in "The Wind Among The Reeds", 1899

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