Tenor português com carreira de sucesso internacional. Desistiu de Medicina para se dedicar exclusivamente à música. Durante mais de duas décadas cantou nas salas mais conceituadas da Europa: do La Scala, em Milão, ao Salzburger Festspielhaus, a ópera de Salzburgo, na Áustria. Gravou também para a reconhecida empresa discográfica Columbia Gramophone Company. Com o início da Segunda Guerra Mundial, partiu para a América Latina , tendo actuado sobretudo no Teatro Cólon de Buenos Aires, na Argentina, e no Teatro Municipal de São Paulo, no Brasil. Quando voltou a Portugal, no final dos anos 40, tinha trabalhado com os nomes mais importantes do campo lírico internacional.
O século XX vivia o seu primeiro ano quando, em Estremoz, no dia 16 de Fevereiro, nasceu Tomás de Aquino Carmelo Alcaide. Passada a infância em terras alentejanas, cedo partiu para a capital, para estudar na Academia Militar. Aquele que viria a ser um dos tenores de maior renome internacional da sua época, começou por se inscrever na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra. Ao mesmo tempo, recebeu aulas de canto do músico Alberto Sarti. Outros professores se seguiram: primeiro o português Francisco Coutinho e, mais tarde, a italiana Eugenia Martelli.
Em 1923, teve um golpe de sorte. O cantor do Teatro de S. Carlos, em Lisboa, que ia interpretar o papel de Duque na ópera "Rigoletto", de G. Verdi, adoeceu. Era necessário substitui-lo e Tomás Alcaide estava no sítio certo, na hora certa. A veia artística ganhou, assim, à científica.. Em 1925, partiu para Itália para ser aluno do italiano Fernando Ferrara. Neste ano, no dia 5 de Dezembro, fez a sua estreia oficial no Teatro Carcano, de Milão, no papel de Wilhelm Meister, na ópera cómica "Mignon" de Ambroise Thomas. Deu início, assim, à sua carreira internacional, que o levaria a outras capitais europeias.
Em 1930 grava para a Columbia Gramophone Company. Só nesta década é que o tenor português volta a cantar, finalmente, no seu País, aparecendo em zarzuelas e operetas. Ficarão conhecidas as suas interpretações de personagens libertinas, fazendo uso da sua voz de grande pureza de timbre.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, escolhe a América Latina para se apresentar. O Teatro Colon, em Buenos Aires, na Argentina, recebe-o de braços abertos, assim como a Ópera do Rio de Janeiro e o Teatro Municipal de São Paulo. É, aliás, nesta cidade brasileira que vai conhecer a sua futura mulher, Asta-Rose Alcaide. No fim do conflito, volta a actuar nas casas europeias, mas só em 1947 regressa a Portugal.
Entre 1963 e 1967, ano da sua morte, Tomás dirigiu a Escola de Canto do Teatro da Trindade, em Lisboa, e foi mestre de canto e de cena da Companhia Portuguesa de Ópera. Esta também ficava situada no Teatro da Trindade que, em 1962, fora adquirido pela FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho). A Companhia conheceu na década de 60, sob direcção de Serras Formigal, vice-presidente da FNAT, um período de excelência do canto lírico em Portugal.
Em 1923, teve um golpe de sorte. O cantor do Teatro de S. Carlos, em Lisboa, que ia interpretar o papel de Duque na ópera "Rigoletto", de G. Verdi, adoeceu. Era necessário substitui-lo e Tomás Alcaide estava no sítio certo, na hora certa. A veia artística ganhou, assim, à científica.. Em 1925, partiu para Itália para ser aluno do italiano Fernando Ferrara. Neste ano, no dia 5 de Dezembro, fez a sua estreia oficial no Teatro Carcano, de Milão, no papel de Wilhelm Meister, na ópera cómica "Mignon" de Ambroise Thomas. Deu início, assim, à sua carreira internacional, que o levaria a outras capitais europeias.
Em 1930 grava para a Columbia Gramophone Company. Só nesta década é que o tenor português volta a cantar, finalmente, no seu País, aparecendo em zarzuelas e operetas. Ficarão conhecidas as suas interpretações de personagens libertinas, fazendo uso da sua voz de grande pureza de timbre.
Com o início da Segunda Guerra Mundial, escolhe a América Latina para se apresentar. O Teatro Colon, em Buenos Aires, na Argentina, recebe-o de braços abertos, assim como a Ópera do Rio de Janeiro e o Teatro Municipal de São Paulo. É, aliás, nesta cidade brasileira que vai conhecer a sua futura mulher, Asta-Rose Alcaide. No fim do conflito, volta a actuar nas casas europeias, mas só em 1947 regressa a Portugal.
Entre 1963 e 1967, ano da sua morte, Tomás dirigiu a Escola de Canto do Teatro da Trindade, em Lisboa, e foi mestre de canto e de cena da Companhia Portuguesa de Ópera. Esta também ficava situada no Teatro da Trindade que, em 1962, fora adquirido pela FNAT (Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho). A Companhia conheceu na década de 60, sob direcção de Serras Formigal, vice-presidente da FNAT, um período de excelência do canto lírico em Portugal.
Bem no centro de Estremoz, cidade onde Tomás Alcaide nasceu, está uma estátua que não deixa esquecer aquele que foi um dos maiores filhos da terra e que cantou bem alto o nome de Portugal.(in: rtp.pt)
na foto - Tomás Alcaide numa fotografia com dedicatória, datada de 1930, oferecida ao meu Pai.
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