Aung San Suu Kyi faz hoje 65 anos e os apelos à libertação da líder da oposição birmanesa, mantida em prisão domiciliária, vieram de todo o mundo: Barack Obama, David Cameron e Ban Kin-moon são os nomes mais sonantes.
Distinguida em 1991 com o Prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi é um dos presos políticos mais conhecidos em todo o mundo, com um estatuto equiparável ao de que gozou outrora o sul-africano Nelson Mandela.
Em vários países estão marcadas manifestações a pedir, uma vez mais, a sua libertação, enquanto o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon se declarava “profundamente preocupado” por a junta militar birmanesa ainda não lhe ter dado liberdade.
“Tenho vindo a exigir persistentemente que todos os presos políticos, incluindo Aung San Suu Kyi, sejam libertados sem condições, logo que possível, de modo a que possam participar no processo político”, disse.
David Cameron, o primeiro-ministro britânico, prometeu "fazer tudo o que seja possível" para pôr fim "à injustiça" que representa a prisão de Suu Kyi. "A injustiça da sua detenção prolonda reflecte a injustiça a que o regime submente o seu povo e o seu país há tantos anos", escreveu o chefe do Governo de Londres numa carta aberta à líder da oposição birmanesa.
“A sua contínua detenção e a de mais de 2100 outros presos políticos birmaneses é contra a lei internacional dos direitos humanos”, disse, por seu turno, o ministro britânico dos Negócios Estrangeiros, William Hague.
Obama referiu-se a Suu Kyi como “o único laureado com o Nobel da Paz que se encontra detido”. Ela passou em prisão domiciliária 15 dos últimos 20 anos, embora com alguns intervalos de liberdade.
A coligação Free Burma organizou já ontem uma manifestação frente à embaixada birmanesa em Manila, depois de na quinta-feira o grupo de estadistas The Elders, fundado por Mandela, ter deixado simbolicamente um lugar vago para ela numa reunião efectuada na África do Sul.
A Liga Nacional para a Democracia ganhou as legislativas birmanesas de 1990, mas não foi autorizada a formar governo. Em vez disso, o partido teve de passar à clandestinidade e os militares continuaram no poder.
Os militantes da Liga Nacional para a Democracia, de Suu Kyi, tencionam plantar 20.000 árvores em todo o país, para marcar o aniversário.
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