Desenvolvido por cientistas portugueses e franceses
11.06.2009 - 16h57 Lusa (Publico)
Um estudo científico revelou que as mulheres idosas que consumiam mais de três chávenas de café ou chá por dia mostraram menos perda de memória do que as que tomavam apenas uma, um efeito não verificado nos homens. A investigação foi realizada por uma equipa de cientistas portugueses e franceses que estudou o efeito da cafeína em 4197 mulheres e 2820 homens de três cidades francesas que, durante quatro anos, foram sujeitos a vários testes para avaliar o seu desempenho cognitivo. Segundo o estudo, as propriedades psico-estimulantes da cafeína parecem reduzir o declínio cognitivo nas mulheres sem demência, especialmente nas mais idosas. O mesmo não se verificou nos homens, aparentemente porque assimilam a cafeína de forma diferente. Apesar de nenhum impacto ter sido observado na incidência da demência, são necessários estudos adicionais para verificar se a cafeína pode ser potencialmente usada para prolongar o período de enfraquecimento cognitivo suave nas mulheres antes de um diagnóstico da demência. Um dos investigadores que participou no estudo foi o neurologista português Alexandre Mendonça, que está a organizar um encontro, na sexta-feira e sábado em Lisboa, onde especialistas internacionais vão debater “A cafeína e o cérebro”. Alexandre Mendonça disse à agência Lusa que se confirma “o efeito protector da cafeína no Alzheimer e Parkinson, mas não se sabe se tem efeito noutras doenças degenerativas”. Apesar de a cafeína poder ser protectora das células nervosas, o neurologista alerta que o consumo em excesso pode ser nocivo. Segundo o Programa “Café e Saúde”, implementado em Portugal pela Associação Industrial e Comercial do Café (AICC), 80 por cento dos portugueses ingere diariamente café, que está associado a hábitos sociais e tradições. Esta bebida tem suscitado uma aprofundada investigação sobre os benefícios que poderá ter na saúde, mas ainda existe uma falta de informação generalizada quanto a esses benefícios. Para debater este tema, o “Café e Saúde” promoveu a Reunião Internacional do Alzheimer que irá procurar divulgar a evidência científica disponível quanto à relação entre café e risco de doença de Parkinson e o papel que pode desempenhar enquanto facilitador da actividade física e intelectual. Procurará ainda sustentar a relação entre consumo regular de café e a prevenção da doença de Alzheimer. “Pela primeira vez, especialistas que deram um contributo importante nesta área vão reunir-se em conjunto para debater o café e o cérebro”, disse Alexandre Mendonça.
NOTA DA REDACÇÃO- MUITO BEM FAÇO EU QUE COMEÇO CADA MANHÃ COM O MEU PAR DE BICAS, ENQUANTO ACTUALIZO AS NOTÍCIAS...
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