[google6450332ca0b2b225.html

sexta-feira, novembro 13, 2009

Igreja à venda no Bairro Alto


Mais de 30 anos depois de ter sido desafecta ao culto, uma antiga igreja do Bairro Alto (Lisboa), actualmente licenciada para comércio e serviços, está à venda por dois milhões de euros e já há interessados. 
A Igreja de São Pedro e São Paulo possui uma única nave com área de coro, altares laterais, tecto em abóbada e um órgão barroco e ganhou nos últimos anos uma cozinha, aquecimento central, estacionamento e arrecadações. 
O espaço foi desactivado pela Igreja Católica em 1976 (três anos após o encerramento do convento e o regresso dos seus habitantes a Inglaterra) e foi adquirido na década de 1990 pela Chamartín Imobiliária, então denominada Amorim Imobiliária, que transformou todo o complexo num empreendimento de luxo.  
Alvo de requalificação profunda
Durante a obra, a antiga igreja foi também alvo de uma requalificação profunda e, tal como os apartamentos, está agora à venda. 
Apesar de já não ser fácil encontrar na Internet o anúncio, onde são pedidos dois milhões de euros pelo imóvel, com uma área útil de 772 metros quadrados, a Chamartín confirmou à Lusa que o imóvel está venda e até tem uma brochura específica, dada a sua exclusividade. 
"Servirá para comércio e serviços. E tem havido contactos e já houve interessados", revelou a imobiliária, sublinhando que a fracção está licenciada para o efeito.
Desinteresse do Patriarcado
A empresa adianta que teve a "preocupação de consultar e questionar o Patriarcado de Lisboa sobre se estaria interessado na aquisição do espaço para eventual utilização de serviço religioso", mas a instituição "não se mostrou interessada". 
No ano passado, a possibilidade de venda de uma igreja ainda afecta  ao culto gerou polémica em Coimbra: o Conselho Económico da Paróquia de Nossa Senhora de Lurdes queria avançar com a venda para saldar dívidas da construção de um novo templo, quando tinha um acordo com o centro sócio-cultural para ceder o edifício à instituição. 
O conselho chegou a convidar empresas a apresentar propostas de alienação, numa base de licitação de 1,250 milhões de euros, mas o negócio não se concretizou.(in:Jornal Expresso, hoje)


Nota da Redacção - será desleixo acumulado ou será crise?

Sem comentários:

Enviar um comentário