Em meados deste século XXI, por cada 100 jovens portugueses haverá 271 idosos, tal como revelam as estatísticas demográficas do INE agora divulgadas.
ISSO SIGNIFICA que a mais longo prazo os portugueses serão uma espécie em vias de extinção, tal como cerca de 20% de todos os mamíferos, mais de 30% dos anfíbios e répteis e mais de dois terços das plantas. Entretanto, enquanto vivem e definham como comunidade, os portugueses vivem mergulhados na mais drástica instabilidade social, o que também não ajuda nada à salvação da espécie. Com escassez de meios materiais de sustento e de trabalho, com salários incertos e trabalho precário, os portugueses cada vez menos têm a estabilidade que lhes permitiria constituir família, assentar na vida, construir futuro. Os portugueses não vivem: andam para aqui.
E portanto a extinção deste povo que foi glorioso, que fez história, que rasgou caminhos, que iniciou a globalização, não se deve a qualquer cataclismo daqueles que terão extinguido os grandes sáurios, mas simplesmente a décadas de políticas anti-sociais e de sacrifícios, que foi o que lhes deu a democracia, depois de décadas de miséria, obscurantismo e atraso, que foi o que lhes proporcionou a ditadura.
E não se pode argumentar que os políticos não saibam o que o povo precisa e quer. Basta cotejar os programas eleitorais com as políticas reais, para se perceber que a classe política entende uma coisa, que aliás promete, e põe em prática outra, que reduz as promessas a zero. Aliás, nem sequer se poderá acusar a classe política de apenas semear a vil tristeza e a apagada pobreza à sua volta. Qualquer sucateiro de sucesso poderá testemunhar os benefícios da arte portuguesa de bem governar.
«DE» de 12 Nov 09
E portanto a extinção deste povo que foi glorioso, que fez história, que rasgou caminhos, que iniciou a globalização, não se deve a qualquer cataclismo daqueles que terão extinguido os grandes sáurios, mas simplesmente a décadas de políticas anti-sociais e de sacrifícios, que foi o que lhes deu a democracia, depois de décadas de miséria, obscurantismo e atraso, que foi o que lhes proporcionou a ditadura.
E não se pode argumentar que os políticos não saibam o que o povo precisa e quer. Basta cotejar os programas eleitorais com as políticas reais, para se perceber que a classe política entende uma coisa, que aliás promete, e põe em prática outra, que reduz as promessas a zero. Aliás, nem sequer se poderá acusar a classe política de apenas semear a vil tristeza e a apagada pobreza à sua volta. Qualquer sucateiro de sucesso poderá testemunhar os benefícios da arte portuguesa de bem governar.
«DE» de 12 Nov 09
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