Os nossos dedos são cândidos
com brilhos impressos
e um tempo absorvido dos dois lados
Nos sinos, nos guizos, nas harpas
procuramos sem nenhuma restrição
o fogo e o gelo
a iluminação de um ramo dourado
Há um instante em que as nossas vozes
se fundem e destacam
reluzentes sobre vida perpétua
Atravessamos a noite com uma vontade irreprimível
de cantarJosé Tolentino Mendonça
"O viajante sem sono"
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