Évora que não és minha
E que eu gostava de ter:
Moira cativa e rainha
Que não pude converter!
Não tenho nas minhas veias
Nem o templo de Diana,
Nem a Praça de Geraldo,
Nem a brancura redonda
Da água das tuas fontes…
Tenho montes,
Vinho maduro e granito,
E esta certeza de ser
Filho de Cristo e de Judas.
Ah! Se eu pudesse mudar,
Já que tu, moira, não mudas!...
Miguel Torga
1/4/1946
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