[google6450332ca0b2b225.html

quarta-feira, janeiro 06, 2010

afinal, também somos...árabes - parte I


Há quem se chame Almeida sem saber que o seu verdadeiro nome é "toalha de mesa", que era o que o arábico Al-Maydan queria dizer...
Também há quem seja de Almancil e não saiba que nasceu numa terra que, em arábico, quer dizer "ponto de paragem": Al-Manzil.
Quando vai a Alfama sabemos que estamos num bairro onde, há muitos anos, se falava lajamia - do árabe Al-Ajamia, para a língua corrupta falada pelos mouros da Península, por oposição à algarvia, Al-Arabya, o árabe genuíno?
Quando come uma almôndega, sabe que está a comer uma coisa parecida com outra que os árabes já comiam, e que se chamava Al-Bunduq?
E se o nome científico para hemorróidas vem do grego haimorrhoides, não deixa de ser evidente que o popular "almorreimas" ou "almorróidas" passou pelo menos pela leitura árabe do termo grego!
Os alentejanos que apreciam aquela espécie de sopa que se faz com o soro do requeijão, o almece, comem uma coisa que já vem dos tempos mouriscos chamada Al-Meiz.
Isto tudo e muito mais, claro, ao nível da chamada cultura popular, ao nível da ciência, da filosofia, das viagens, da jurisprudência, da pintura e da musica.
É justo recordar que quando nós andavamos a ver quem tinha a barba mais comprida para ser preferido por Deus, já eles nos devolviam Aristóteles, nos ofereciam a Química, o xadrez, o astrolábio, o telescópio e a verdadeira forma e dimensão do Mundo. 
Já irrigavam a Andaluzia, que tornaram verdejante e armazenavam água no Alentejo...E não será exagerado afirmar que, se não fossem eles, nunca teríamos tido um Renascimento, muito menos a civilização actual.
tem seguimento

Sem comentários:

Enviar um comentário