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terça-feira, novembro 09, 2010

A Vaidade como Base da Sociedade

“A vaidade e a fortuna governam a farsa dessa vida. Ninguém recebe o seu papel. Cada um recebe o que lhe dão. Aquele que sai sem fausto nem cortejo e que logo no rosto indica a dor e o sofrimento, este representa o papel do homem. A morte, que está de sentinela, em uma das mãos tem o relógio do tempo e na outra tem a foice fatal. E com ela, de um golpe só, dá fim à tragédia, fecha a cortina e desaparece"

"Nada contribui tanto para a sociedade dos homens, como a mesma vaidade deles: os Impérios, e Repúblicas, não tiveram outra origem, ou ao menos não tiveram outro princípio, em que mais seguramente se fundassem: na repartição da terra, não só fez ajuntar os homens os mesmos géneros de interesses, mas também os mesmos géneros de vaidades, e nisto se vê dois efeitos contrários; porque sendo próprio na vaidade o separar os homens, também serve muitas vezes de os unir. Há vaidades, que são universais, e compreendem Vilas, Cidades, e Nações Inteiras; as outras são particulares, e próprias de cada um de nós; das primeiras resulta a sociedade, das segundas a divisão."


Matias Aires, Filósofo, 1705-1764,
in "Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens e Carta Sobre a Fortuna"

2 comentários:

  1. Nesta peça de teatro, que é a vida, cada um representa o papel que lhe foi distribuído....

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  2. Vaidade, prepotência actos e cenas que tanto vemos e nada podemos fazer para apagar.

    bj

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