Quatro séculos depois de a Inquisição ter condenado Galileu Galilei por afirmar que a Terra girava em torno do Sol e não o contrário, defendido pela Igreja católica, o Vaticano presta homenagem ao astrónomo italiano com uma exposição de instrumentos científicos, que inclui o primeiro telescópio que o cientista usou para estudar as estrelas.
A exposição, com inauguração marcada para hoje, apresenta-se sob o nome de "Astrum 2009" e foi organizada na sede dos Museus do Vaticano por ocasião do Ano Internacional da Astronomia.
"Trata-se de uma selecção de instrumentos que ilustram o percurso dos progressos feitos pela astronomia. Com uma especial atenção ao telescópio de Galileu", explicou Tommaso Maccacaro, presidente do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica.
No total, 130 objectos estão expostos, entre instrumentos, mapas, maquetas, quadros, fotografias, códices, manuscritos e livros.
Entre as peças mais importantes figura uma réplica do telescópio que Galileu usou em 1609 para observar pela primeira vez as estrelas e que marca o nascimento da astronomia moderna.
O original encontra-se em Florença e foi construído com pedaços de madeira fina, amarrados com couro, e um sistema de lentes que permitem ampliar quase 20 vezes a imagem.
Galileu Galilei (1564-1642), nascido em Pisa (centro da Itália), começou a observar a Lua e as estrelas com esse telescópio e as suas descobertas permitiram-lhe confirmar a rotação da Terra em torno do Sol, teoria que já havia sido proposta por Copérnico. Essas afirmações levaram-no a ser perseguido pela Santa Inquisição, que o obrigou a negar suas teses.
Apenas em 1992 a Igreja Católica reconheceu que se equivocou quando condenou Galileu e agora presta-lhe homenagem com uma mostra no ano que a ONU proclamou como o Ano Internacional da Astronomia para comemorar a primeira utilização de um telescópio, precisamente por Galileu.
Boa parte da exposição é dedicada aos telescópios, desde o rudimentar de Galileu até os grandes e complexos empregados pelos observatórios do século XIX.
Um magnífico astrolábio do século XVI, cercado por livros e escritos do mesmo período, assim como enormes globos celestes, um de 1567 e outro de 1696, ilustram os conhecimentos astronómicos da época.
A exposição, considerada uma das mais completas já realizadas na Itália sobre a história da astronomia, apresenta também uma série de valiosos manuscritos, entre eles o original do Sidereus Nuncius, com os resultados de Galileu sobre as suas observações celestes.
Destaca-se também o atlas das estrelas de Johann Elert, de 1801, e as fotos das expedições astronómicas italianas, em particular a realizada na Índia em 1874 para observar a passagem de Vénus diante do Sol, um acontecimento muito raro, segundo Ileana Chinnici, comissária da exposição.
"Trata-se de uma selecção de instrumentos que ilustram o percurso dos progressos feitos pela astronomia. Com uma especial atenção ao telescópio de Galileu", explicou Tommaso Maccacaro, presidente do Instituto Nacional Italiano de Astrofísica.
No total, 130 objectos estão expostos, entre instrumentos, mapas, maquetas, quadros, fotografias, códices, manuscritos e livros.
Entre as peças mais importantes figura uma réplica do telescópio que Galileu usou em 1609 para observar pela primeira vez as estrelas e que marca o nascimento da astronomia moderna.
O original encontra-se em Florença e foi construído com pedaços de madeira fina, amarrados com couro, e um sistema de lentes que permitem ampliar quase 20 vezes a imagem.
Galileu Galilei (1564-1642), nascido em Pisa (centro da Itália), começou a observar a Lua e as estrelas com esse telescópio e as suas descobertas permitiram-lhe confirmar a rotação da Terra em torno do Sol, teoria que já havia sido proposta por Copérnico. Essas afirmações levaram-no a ser perseguido pela Santa Inquisição, que o obrigou a negar suas teses.
Apenas em 1992 a Igreja Católica reconheceu que se equivocou quando condenou Galileu e agora presta-lhe homenagem com uma mostra no ano que a ONU proclamou como o Ano Internacional da Astronomia para comemorar a primeira utilização de um telescópio, precisamente por Galileu.
Boa parte da exposição é dedicada aos telescópios, desde o rudimentar de Galileu até os grandes e complexos empregados pelos observatórios do século XIX.
Um magnífico astrolábio do século XVI, cercado por livros e escritos do mesmo período, assim como enormes globos celestes, um de 1567 e outro de 1696, ilustram os conhecimentos astronómicos da época.
A exposição, considerada uma das mais completas já realizadas na Itália sobre a história da astronomia, apresenta também uma série de valiosos manuscritos, entre eles o original do Sidereus Nuncius, com os resultados de Galileu sobre as suas observações celestes.
Destaca-se também o atlas das estrelas de Johann Elert, de 1801, e as fotos das expedições astronómicas italianas, em particular a realizada na Índia em 1874 para observar a passagem de Vénus diante do Sol, um acontecimento muito raro, segundo Ileana Chinnici, comissária da exposição.
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