[google6450332ca0b2b225.html

domingo, fevereiro 07, 2010

Turquia: adolescente enterrada viva por falar com rapazes

O "crime" de Medine Memi foi apenas um: ter amigos do sexo masculino. Depois de a jovem de 16 anos ter sido dada como desaparecida durante 40 dias, o seu corpo foi encontrado enterrado por baixo de um galinheiro no quintal da sua casa. Medine foi enterrada viva pela família, como castigo pela infelicidade que, diz o pai, trouxe a toda a família, por ter amigos rapazes.
Segundo o Instituto de Medicina Legal de Malatya, a jovem foi encontrada em posição fetal, sem ferimentos nem qualquer tipo de droga no sangue, mas com os pulmões e o estômago cheios de terra. Uma denúncia anónima ajudou a localizar o corpo e, embora a polícia tenha feito a descoberta em Dezembro, apenas agora a notícia foi divulgada, no jornal turco "Hurriyet".
O pai e o avô da vítima estão detidos preventivamente, à espera de julgamento. Ambos são acusados de homicídio. A mãe da jovem também foi detida, mas acabou por ser libertada por falta de indícios que a ligassem ao homicídio.
Os chamados "crimes de honra" continuam a causar cerca de 300 mortes por ano na Turquia, apesar dos esforços do governo turco e de inúmeras associações de defesa dos direitos humanos. Em 2004, pressionado pela União Europeia, o governo acabou por alterar o código penal do país retirando o artigo que reconhecia atenuantes nos crimes de honra.
No entanto, as Nações Unidas continuam a colocar a Turquia em 101.o lugar, num ranking de 109 países, no que respeita ao respeito pelo papel da mulher na sociedade. "Quando chegam aos 14 ou 15 anos, a família decide com quem as jovens vão casar, recebendo dinheiro em troca do casamento. Muitas vezes as mulheres optam pelo suicídio ou decidem fugir, mas se forem apanhadas o castigo é a morte", explica Emine Vaz, coordenadora da associação feminista Van Kadin Dernegi.
Segundo um estudo da Universidade de Diyarbakir, na Turquia, metade dos homens condenados por crimes de honra não se arrependem - uma atitude partilhada pela família. (jornal i)
nota da redacção - ai de nós se este país consegue entrar na União Europeia!

1 comentário:

  1. Pobre menina!
    Não teve quem a defendesse, nem sequer os amigos, que amanhã serão pais e provavelmente muito capazes destas atrocidades. Abraão foi chamado a sacrificar o filho, para agradar a Deus supostamente à sua honra de homem digno. Este episódio nunca foi visto de outro modo, mas estou convencido desde há muito que o velho patriarca quis dar uma lição aos velhos costumes que os sacrifícios em vez de recairem nos seus filhos poderiam substitui-los por animais. Grande sábio antes das religiões aparecerem. Este Homem moderno e que faz as leis deve castigar sem piedade estes atentados á vida!
    F.A.

    ResponderEliminar