João Habitualmente -
Vinde a mim
Prados do fim do mundo
Prados do fim do mundo
Quanto tempo terei ainda para vos pastar?
Era verde
A erva que agora vos amarelece
Mirrais sob o vento sulfúrico
Andam-vos por cima as aves desorientadas
Nem sois figura nem fundo
A erva que agora vos amarelece
Mirrais sob o vento sulfúrico
Andam-vos por cima as aves desorientadas
Nem sois figura nem fundo
Vinde a mim
Bosques em agonia
Bosques em agonia
Quanto tempo sereis ainda a minha clorofila?
morreis agora mais rápido que as aldeias
Sepultando na lama insectos teratológicos
Sepultando na lama insectos teratológicos
Olha, filho, o prado que seca
Olha o bosque que amarelece
Olha o bosque que amarelece
Desiste, pois, de colher tangerinas
E cinge-te aos pedregosos leitos falecidos
E cinge-te aos pedregosos leitos falecidos
Não temas: são as novas cores do universo
Prepara-te para a grande festa
E vem brindar ao aquecimento global
Às turbulências, aos ciclones
ao efeito-estufa em espiral
Prepara-te para a grande festa
E vem brindar ao aquecimento global
Às turbulências, aos ciclones
ao efeito-estufa em espiral
São belas, as novas vestes da princesa
Não vês como ainda respiro?
Plano nas cinzas de tudo quanto acontece
sou um transgénico em passeio no pinhal
venha o ronco telúrico ebulir o planeta
seque prados, arda bosques
ponha estios nos Invernos
ponha pólos no equador
que a mim
Nem me aquece nem me arrefece
(Inédito)
Não vês como ainda respiro?
Plano nas cinzas de tudo quanto acontece
sou um transgénico em passeio no pinhal
venha o ronco telúrico ebulir o planeta
seque prados, arda bosques
ponha estios nos Invernos
ponha pólos no equador
que a mim
Nem me aquece nem me arrefece
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