WWF divulgou descobertas e apelou à sua protecção
O anúncio das descobertas foi feito ontem pela organização ambientalista internacional WWF, que tem mantido nos últimos anos missões de investigação na ilha para ali estudar novas espécies e que aproveitou o Dia Mundial da Terra para apelar aos três países para agirem com determinação no sentido de garantirem a protecção da biodiversidade no Coração do Bornéu.
"Sabemos que é impossível para os três governos não desenvolverem na ilha actividades mineiras, florestais ou de plantação de palmeiras [para exploração do óleo de palma]" esclareceu Adam Tomasek, responsável pelo programa "Coração do Bornéu" na WWF . E sublinhou: "O que pedimos é que se estabeleça um equilíbrio entre a preservação e um desenvolvimento durável, para se proteger esta zona única para as gerações futuras."
Foi no Coração do Bornéu, uma vasta região de densas florestas com 220 mil quilómetros quadrados e que os três países acordaram em proteger em 2007, que os biólogos da WWF descobriram as novas espécies e onde continuam regularmente a fazer investigação. Ali se abrigam pelo menos 10 espécies de primatas, 350 de aves, 150 de répteis e anfíbios, além de 10 mil espécies distintas de plantas que são exclusivas daquele habitat e, portanto, únicas em todo o mundo.
"Descobrimos ali três novas espécies por mês, ao longo dos últimos três anos e pelo menos 600 desde há 15 anos", adiantou Adam Tomasek, notando que "as novas descobertas mostram a riqueza e a biodiversidade do Bornéu e permitem esperar mais novidades, algumas susceptíveis de contribuir para futuros tratamentos nas áreas do cancro ou da sida".
Uma das principais causas de desflorestação no Bornéu é a indústria do óleo de palma, e a Indonésia e a Malásia juntas são responsáveis por 85 por cento da produção mundial.fonte DN
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