"Demonstraram muitos sociólogos, muitos psiquiatras, que não há uma relação entre celibato e pedofilia, mas muitos outros demonstraram, e disseram-mo recentemente, que há uma relação entre homossexualidade e pedofilia"- disse o número dois do Vaticano e relacionou a pedofilia com a homossexualidade, excluindo o celibato. Um absurdo. Nem uma coisa nem outra tem a ver com os abusos sexuais de menores. Esta postura enquadra-se dentro da péssima reacção da Igreja Católica à pedofilia, que sempre que se manifesta ainda se afunda mais e contribui para o reacender a fogueira em todas as frentes. É pena que a honestidade intelectual não seja um bem preservado pela Igreja oficial actualmente.
Esta desonestidade está relacionada com esta questão e com tantas outras que campeiam o mundo de hoje. A título de exemplo, repare-se no branqueamento que se faz quanto à acção de Bento XVI, apresentando-o como primeira referência do pensamento católico dos últimos tempos. Alguém se lembra dos saneamentos, os castigos e as suspensões a teólogos e bispos, levadas a cabo por Joseph Ratzinger, enquanto Prefeito da Doutrina da Fé, porque ousavam pensar além do pensamento institucional da Igreja. E a pressão que a Igreja portuguesa fez junto do Governo para declarar no dia 13 de Maio «tolerância de ponto», e pelo que se sabe resultou. Quem acredita ainda que estamos em crise e que se pedem esforços para resolver as contas do Estado? - Santo sinal que se dá outra vez ao povo português! Agradece a maioria dos portugueses, porque terá mais um dia de descanso em 2010.
Os abusos sexuais de menores, acontecem em todos os meios sociais, por causa de mentes perversas, doentias e por criminosos que não olham a meios para satisfazer os seus impulsos mais primários. Por isso, requer-se um debate sério, sem preconceitos e aberto a todos os níveis sobre este cancro terrível que consome as igrejas, as famílias e os diversos grupos sociais.
Falta à Igreja apresentar uma doutrina saudável, positiva sobre a sexualidade e tudo o que diz respeito à questões sobre a vida. O celibato é um ítem dentro desse tema mais vasto, que quando devidamente purificado, apresentaria o celibato como um valor importante, mas também não secundaria o matrimónio e todas as questões sobre a vida. É preciso a Igreja apresentar o prazer sexual como um valor, um bem e um dom de Deus. E por fim, acabar com a linguagem que apresenta ainda sexualidade como um pecado ou um mal necessário para procriar.
(fonte: O Banquete da Palavra, blogspot)
Triste panorama este que é vomitado para os media, por pessoas que usam (e abusam, como se sabe)de lugares numerados de hierarquias.Estão senis, com certeza, não vivem no Mundo de hoje, não pertencem à humanidade sofredora, violada física e psicologicamente, por seres e mentes doentes, atrapalhados na vida.Vamos lá a ver: ser Padre não é ser castrado do Mundo, do corpo físico,do pensamento, da Liberdade. Sequer do Amor. Se sublimado e posto ao serviço de Deus, não é desassociado de um próximo.Não PODE ser. Se isso passar por um celibato, como se impõe, aceito, mas se tiver de passar por um complemento que o torne mais feliz, mais livre, mais sublime, quiçá mais responsável, porque não? Afinal, não há celibatários nas nossas famílias? São homossexuais ou gays, por isso? Não são pessoas felizes? As aberrações de pedofilia conhecidas provêem de mentes doentes, sejam em que estado for, necessitam tratamento, pronta intervenção, punição também.
ResponderEliminarComo é triste termos um Vaticano esclerosado, cego, tendencioso. Jesus não fundou esta igreja, igreja rica, ostensiva, dona da sua moral mas que é amoral nestas declarações, que não se lembra dos pobres e dos martirizados. Salvo as excepções das muitas Missões que trabalham em prol destes últimos, quase todas pertencentes a ordens religiosas, com certa independência desta Igreja...Assim não se vai lá. Continuo a dizer que é preciso calçar as sandálias do Pescador!
tukakubana