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sexta-feira, abril 30, 2010

Bélgica é o primeiro país europeu a proibir o véu integral islâmico

" O véu integral é uma prisão móvel que remonta a uma prática medieval que representa, sem dúvida, uma afronta aos direitos humanos". O argumento, partilhado entre liberais e democratas-cristãos, foi a tacada final na votação levada ontem a cabo no parlamento belga, que resultou na proibição do uso do véu islâmico integral (burca ou niqab) nos espaços "destinados ao uso do público. O texto, que deve ainda passar pelo senado, foi aprovado quase por unanimidade, contando apenas com duas abstenções, numa altura em que o primeiro-ministro belga apresentou a sua demissão e o país deverá enfrentar eleições antecipadas. 
"A imagem do nosso país no exterior é cada vez mais incompreensível, mas pelo menos o voto quase unânime do Parlamento para proibir a burca e o niqab constituem um elemento de orgulho no fato de ser belga", afirmou o deputado liberal Denis Ducarme.
Assim, a nova lei - que poderá entrar em vigor entre Junho e Julho deste ano - prevê que "quem se apresentar em espaço público com o rosto tapado ou escondido, total ou parcialmente e que não seja identificado de imediato, será punido com uma multa (ainda não definida) e/ou pena de prisão de um a sete dias". 
Serão, porém, admitidas excepções em caso de celebração festiva (Carnaval, por exemplo), mas ainda assim a permissão terá de ser requerida com antecedência às autoridades locais. A Bélgica assume a decisão pioneira de abolir as demonstrações religiosas no vestuário, sendo que França foi o primeiro país a ter-se manifestado nesse sentido.
"Somos o primeiro país a tirar as mulheres da submissão e esperamos que isto seja repetido por França, Suíça, Itália e Holanda. O facto de um pequeno país ter tomado esta decisão pode incentivar outros a fazer o mesmo", lembrou, ainda Ducarme.
A decisão é entendida pelos especialistas em religião como "algo inútil", já que desde o ano passado foram multadas 29 mulheres em Bruxelas por alegado "uso de acessórios que cobriam o rosto". Na altura não se especificou nem a burca nem o niqab. E a nova lei vai pelo mesmo caminho: o nome das vestes não é referido, sendo apenas relatado como "véu integral islâmico", deixando em aberto uma eventual violação da lei.(fonte: jornal i)
Nota da Redacção - e os meus leitores, o que pensam?

2 comentários:

  1. Eu acho bem e não é só pelo facto de, as mulheres ocidentais, quando lá vão, terem de respeitar os costumes locais. Há questões de segurança e outras.

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  2. Eu sempre achei que esse costume afronta os direitos humanos e não é preciso muita filosofia, (mande um homem usar uma roupa assim e pergunte o que ele acha), portanto, isso é descaso mesmo, desrespeito, politicagem, fanatismo, sei lá o quê. Tudo, menos coisa de gente civilizada. Ainda bem que as autoridades estão acordando, se reciclando. Está mais do que na hora, anos de atraso! Ótimo post. Bjsss

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