Mal-amado pelos agricultores, o melro-preto é uma ave que tem vindo a conquistar as cidades, sendo visita frequente de jardins e canteiros, à cata de alimentos. O seu canto forte enche as manhãs e os fins de tarde, sinal de que o tempo quente está a chegar.
Diz a sabedoria popular que, "quando o melro canta em Janeiro, é tempo de sequeiro o ano inteiro". A razão do ditado é que os machos desta espécie costumam cantar normalmente de Fevereiro a Junho, altura em que fazem os ninhos. "Cantam para atrair as fêmeas, para defender o território", explica Gonçalo Elias, coordenador do portal www.avesdeportugal.info. Quando começam a cantar mais cedo, é sinónimo de que o tempo "está mais solarengo e será uma estação com menos chuvas, logo, piores colheitas".
O melro-preto (Turdus merula) é uma das espécies de aves mais abundantes em Portugal. Curiosamente, em Lisboa e noutras cidades tem-se tornado cada vez mais comum, sendo observado em jardins, mas também em telhados e antenas de prédios, aproveitando novos oportunidades de alimentação. A ave, dizem os especialistas, tem também maior tole-rância à presença humana do que no campo. Chegam a aproximar-se a menos de cinco metros. No meio rural, tem um comportamento mais nervoso e arisco, fruto, talvez, da pressão cinegética. O melro é uma espécie protegida. No entanto, devido às suas semelhanças morfológicas com outras aves, como os estorninhos (preto e malhado), muitos melros acabam nas mãos de agricultores ou vítima de caçadores. "Os estorninhos são aves com má reputação, que por vezes dão prejuízos em pomares, vinhas e olivais. Pontualmente, o melro pode sofrer da má vontade dos agricultores ", reconhece o biólogo Domingos Leitão, coordenador do Programa Terrestre da Sociedade Portuguesa para Estudo das Aves.
O melro-preto (Turdus merula) é uma das espécies de aves mais abundantes em Portugal. Curiosamente, em Lisboa e noutras cidades tem-se tornado cada vez mais comum, sendo observado em jardins, mas também em telhados e antenas de prédios, aproveitando novos oportunidades de alimentação. A ave, dizem os especialistas, tem também maior tole-rância à presença humana do que no campo. Chegam a aproximar-se a menos de cinco metros. No meio rural, tem um comportamento mais nervoso e arisco, fruto, talvez, da pressão cinegética. O melro é uma espécie protegida. No entanto, devido às suas semelhanças morfológicas com outras aves, como os estorninhos (preto e malhado), muitos melros acabam nas mãos de agricultores ou vítima de caçadores. "Os estorninhos são aves com má reputação, que por vezes dão prejuízos em pomares, vinhas e olivais. Pontualmente, o melro pode sofrer da má vontade dos agricultores ", reconhece o biólogo Domingos Leitão, coordenador do Programa Terrestre da Sociedade Portuguesa para Estudo das Aves.
O melro-preto tem uma distribuição abundante por toda a Europa e Ásia. Em Portugal, pode ser encontrado em todo o território, à excepção da ilha de Porto Santo. Estima--se que existam no País entre 200 mil e dois milhões de aves, "apesar de ser uma estimativa pouco precisa", avança o biólogo.
Existem três subespécies em Portugal. No Continente encontramos o Turdus merula merula; nos Açores, o Turdus merula azoriensis (a mais pequena de todas); e na Madeira, o Turdus merula cabrerae. "Todas elas muito semelhantes, tornando difícil a sua distinção a olho nu, mas são diferentes do ponto de vista genético", acrescenta Domingos Leitão.
Além das aves residentes, pensa-se que nos meses de Inverno, haja uma imigração de alguns melros-pretos para a Península Ibérica. Gonçalo Elias salienta: "Este não é um dado muito conhecido, mas que efectivamente se supõe a presença de indivíduos vindos do Norte." Foram já encontrados melros anilhados no Reino Unido, França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Dinamarca, o que demonstra terem vindo de outros países. Contudo, "os números são pouco representativos face às populações residentes, presentes em quase todos os habitats", acrescenta.
Apesar do estatuto de "não ameaçado", há algumas ameaças à espécie. "A população de melros, em geral, não está ameaçada, mas pode sofrer algumas perturbações, como a caça, a predação doméstica ou de animais selvagens", diz Gonçalo Elias. Domingos Leitão lembra que "a proliferação de gatos assilvestrados tem também um efeito negativo. A diferença é que o impacto na globalidade das aves não é tão acentuado como noutras espécies mais ameaçadas.
"Melro-de-bico-amarelo come a semente e o farelo." Apesar da má-fama junto dos agricultores, o melro é uma das aves mais enraizadas na cultura popular. E que está agora a conquistar as cidades.
Nota da Redacção - Com o aquecimento do tempo, os meus vizinhos melros, todo o ano por aqui andam. Adoram a ração da minha gata, aproveitam as migalhas de pão ou bolo e mesmo alguma fatia de pão que lhes deixamos. Não são esquisitos para restos de arroz ou massa e até cascas de fruta picadas agradecem. Retribuem-me com cânticos divinais, ainda o sol não rompe e assim continuam até ao cair da noite.Quando abro a porta de casa voam para o limoeiro onde esperam que os chame e lhes dê a refeição facilitada...
Vá lá, vá lá, que esta senhora também gosta de passarinhos!
ResponderEliminarUma sugestão! Levantem-se noite serrada nos meses de Verão e esperem o amanhecer passeando por zonas de poucas habitações. Se tiverem uma vista soberba como têm as lombadas da Ponta Delgada com a Rª da Janela e Porto Moniz iluminadas e distantes como pano de fundo e ficarão maravilhados!
Foi das coisas mais absorventes
que tive o previlégio de assistir tantas vezes mas principalmente nos meses de julho e Agosto foi mais surpreendente. O termo DIVINAL é mesmo esse. Os cânticos nestas manhãs destas pequenas aves são tão intensos que é algo de transcendente e um louvor à vida que nos deixa arrebatados.
F.Alferes.
que nos deixa