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terça-feira, abril 06, 2010

Bento XVI ignora abusos e defende papel dos padres

fonte DN,Lisboa

Vítimas de abusos por parte do clero vão receber indemnizações também na Áustria.
O Papa Bento XVI voltou a ignorar os escândalos de pedofilia na oração Regina Caeli, proferida ontem perante centenas de fiéis na sua residência de Castel Gandolfo, dizendo apenas que os padres devem ser "os mensageiros da vitória sobre o mal". Na Áustria, a Igreja Católica anunciou que indemnizará as vítimas de abusos sexuais, tal como ocorreu nos EUA e na Irlanda, abrindo caminho para que o mesmo aconteça noutros países.(...)
"Como todos os baptizados, recebemos como missão ser anjos, mensageiros de Cristo" mas "os padres, ministros de Cristo, têm uma missão especial", afirmou Bento XVI, acrescentando que estes têm de ser "mensageiros da vitória sobre o mal e sobre a morte". O Papa insistiu assim na importância do papel dos padres, num momento em que a Igreja é atingida pelos escândalos de pedofilia.
Recorde-se que nos EUA, o primeiro país afectado por estes escândalos, a situação só melhorou depois de a conferência episcopal ter posto em prática uma política de tolerância zero, começando a investigar o passado dos padres e a apostar na prevenção. Apesar de tudo, dizem os observadores, a igreja optou por pagar indemnizações em vez de denunciar. O escândalo nos EUA já custou três mil milhões de dólares, mas há poucos culpados nas prisões.
Agora, os responsáveis austríacos admitem também pagar indemnizações às vítimas de abusos, não revelando números. Sabe-se que, só em 2010, foram denunciados 566 casos na Áustria. "É claro que haverá dinheiro. Como indemnização e para terapias", assegurou o presidente da Comissão Independente criada pela Igreja, Waltraud Klasnic.(...)"


Nota da Redacção - Definitivamente o Papa, o seu "fiel" colégio de bispos um pouco por todo o Mundo, continuam a não encarar o problema de frente, omitindo e protegendo criminosos. Seja uma dezena, um centena, um milhar, mas são mais pelo que se vê, são "tarados" mal resolvidos no seu papel de "ANJO" em que agora foram empossados, que marcam pela negativa a vida de inocentes. 
Como resolução, aposta o Vaticano em "pagar" às vítimas a dignidade roubada, o pavor da infância ou adolescência. 
E, como foi revelado em Dezembro se o Vaticano está teso, no sentido das suas finanças pois claro, caberá aos católicos do mundo quotizar as suas esmolas para pagar as indemnizações da pedofilia...É caso para pensar!
Ah, passarei a olhar atentamente os costados dos padres que conheço; se alguma protuberância sobressair já sei, não é verruga, não é quisto...são asas!

4 comentários:

  1. Em minha modesta opinião a Igreja tem forçosamente de estruturar-se em outros moldes para renovar-se e actuar em tempo útil como fazem os governos dos países democráticos. Incluindo eleições periodicas para a cadeira do sucessor de Pedro. Não faz sentido para os tempos que atravessamos estarem "velhos" com todo o respeito que merecem á frente da Igreja dando espectáculos confrangedores como vimos com João Paulo II numa altura que deveria estar a repousar sem encargos de responsabilidade.
    F.A.

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  2. Creio que estamos assistindo ao início do fim da igreja tal como ela tem sido até agora. È tempo de falar uma linguagem verdadeira e deixar as hipocrisias. Se Cristo voltasse hoje destruiria esta igreja,não deixaria pedra sobre pedra.

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  3. Não creio que seja o fim da Igreja, se chamarmos Igreja aos seguidores de Cristo.Talvez se joeire muita coisa, talvez a consciência activa dos católicos acorde e os faça estudar, analisar, pesquisar, viver mais em Igreja, sem as mordomias, sem as calendarizações de massas, sem idolatrias. Talvez que os padres verdadeiros ressurjam na esperança, na palavra, na vivência e na catequese.A de adultos tmb.São desafios que se nos põem, não para desistir, mas par resistir. Abraço, Maria Só

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  4. José Luís Rodrigues8 de abril de 2010 às 11:35

    Também não acho que seja o fim da Igreja de Jesus Cristo, a do Evangelho, porém, pode ser o fim da igreja vaticanista, poderosa e cheia de mordomias. Quanto à expressão da palavra «anjos» aplicada a quem quer que seja, é simplesmente patético. Vamos todos construir a Igreja onde todos têm lugar, porque se aceitam como irmãos e não como, uns serem senhores e outros ditos fiéis a quem lhes cabe obedecer e dar esmolas.

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