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quinta-feira, maio 06, 2010

AI cria rede social pelos direitos humanos

A Amnistia Internacional criou uma rede social para "promover a denúncia de violações do direitos humanos em várias partes do mundo". 

"A Amnistia tem por objectivo estratégico criar um movimento global de direitos humanos e, como tal, temos de estar na crista da onda no que diz respeito a tecnologias e tínhamos de entrar neste fenómeno das redes sociais. Daí criarmos o Tyrannybook, que tem muitas semelhanças com o Facebook", explicou à agência Lusa, Pedro Krupenski, director executivo da delegação portuguesa.
O Tyrannybook (livro da tirania) disponibiliza numa primeira fase dez perfis de tiranos: Robert Mugabe (Zimbabué), Omar al-Bashir (Sudão), Kim Jong-il (Coreia do Norte), Than Shwe (Birmânia), Hu Jintao (China), Mahmud Ahmadinejad (Irão), Thomas Lubanga Dyilo (República Democrática do Congo), Radovan Karadzic (Sérvia), Alexander Lukashenko (Bielorrússia) e Ramzan Kadyrov (Chechénia).
"Para já temos apenas dez líderes que são conhecidos violadores dos direitos humanos e convidamos todos os participantes - e isto não envolve apenas portugueses, envolve também pessoas de outros países - a seguirem um ou mais à sua escolha", desafiou Pedro Krupenski.
Pretende-se que os membros da rede social "vão dando conhecimento das violações que testemunharam ou de que tiveram conhecimento, directamente ou por interposta pessoa, contribuindo para esta luta com a denúncia dessas situações que vão ocorrendo aqui e acolá à porta fechada".
"Havendo uma rede digital onde toda a gente poderá denunciar as coisas que vai vendo, procuramos sensibilizar o maior número de pessoas para essas realidades, envergonhar aqueles que são responsáveis por essas mesmas violações e, a longo prazo, acabar com elas", explicou.
Para o responsável, "não importa se a violação dos direitos humanos tem lugar em países tão distantes quanto a Líbia ou a Chechénia", pois é "tão grave uma violação acontecer à nossa porta como num país longínquo".
"Violar os direitos humanos de uma pessoa é violar os direitos humanos de todos e, sendo todos parte do problema, também somos todos parte da sua resolução", frisou.
O Tyrannybook - uma iniciativa da Amnistia Internacional, em parceria com a empresa publicitária e de gestão de marcas Leo Burnett Ibéria - pretende que os utilizadores sigam os tiranos, actualizando-se acerca das suas faltas e atrocidades. fonte JN

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