Não sei se os ímpetos para assinalar este dia de hoje, serão os mesmos de há cinco ou dez anos.
Sinceramente, creio que não.
Os países mais fortes, como a Alemanha e a França, lideram e descarregam sobre os outros o efeito da crise mundial, na tentativa de manterem uma estabilidade política e a paz social.
Em contrapartida, os países médios como a Itália e a Espanha e os mais pequenos, suportam a crise. Veja-se o actual estado da Grécia e a contaminação que se prova, por exemplo, nas bolsas europeias.
O desemprego, o aumento forçado de emigração, o endividamento dos Estados, impossível de pagar mas exigível pelos grandes bancos: alemães, holandeses e até ingleses, a pobreza social, a baixa produção, a precária auto-estima aliadas ao desejo desenfreado de consumir, são as maiores pragas desta Europa.
A imposição do euro como moeda única, veio onerar o custo de vida dos pequenos países mas, por outro lado veio-nos trazer regras para a banca, impossibilitada de praticar taxas de juro livres.
Foi aplicada uma política neoliberal, absurda, brutal, corrupta. Formou-se um núcleo duro franco-alemão e o grupo dos "porcos", (PIGS) assim depreciativamente chamado pelas iniciais dos países Portugal, Itália, Grécia e Spain.
Escancarou-se, com o desemprego e a pobreza, a porta do racismo e da xenofobia. Ressurgem os ideais fascistas e nazistas.
A Europa atola-se, enquanto o binómio China/Índia (a Chíndia) emergem e vão dominando o comércio e a ciência.
Os países europeus começam a reaver o sentimento individual de nação.
Para onde irá esta Europa?
tukakubana
tukakubana
Interrogo-me muitas vezes não só sobre o "destino" da Europa, mas sobretudo para onde vai o mundo, global, injusto, desenfreado, estonteante...como um cavalo com o freio nos dentes, impossível de fazer parar. Só que os animais cansam e param. Quando será que mundo fica cansado desta corrida estúpida?! E pára para reflectir e perceber (pelo menos alguns poderosos) que ninguém cá fica...e que afinal custa tão pouco ajudar a construir um mundo melhor...
ResponderEliminarEnfim, de vez em quando dá-me uma de romantismo...